Iran do Espírito Santo: biografia do artista que ressignifica o cotidiano
Desenhista, pintor, gravador e escultor, Iran do Espírito Santo é um artista paulista conhecido por desenvolver um trabalho focado na representação dos objetos do cotidiano.
Para tanto, extrai o que há de mais essencial desses elementos do dia a dia, dando uma nova perspectiva a eles. Explorando o conceito da mimese em sua arte, ele recria a realidade, absorve o seu significado e a renova.
Apresentando um senso estético único, original e bem-humorado, Iran do Espírito Santo busca promover a reflexão da arte contemporânea de forma crítica, debatendo, também, sobre as mais diferentes propostas da arte conceitual.
Diante dessas informações, é possível concluir que a arte de Iran do Espírito Santo foge à obviedade, não é mesmo? Ficou curioso em conhecê-la? Então, leia este post até o fim e confira a sua trajetória, o seu papel na arte e suas obras.
Biografia de Iran do Espírito do Santo: conheça a trajetória do artista
Nascido em Mococa, município do Estado de São Paulo, em 1963, Iran do Espírito Santo demonstra interesse pela arte logo cedo, como conta em entrevista:
“Sempre tive fascínio pelas imagens, por desenhos. Tinha certeza de que queria ser artista. Desenhava compulsivamente”.
Filho de um pai vendedor de tecidos e de uma mãe costureira, ele parte, com 18 anos, para a capital do estado para estudar arte.
Assim, estuda na FAAP e lá tem aulas com grandes nomes do cenário artístico paulistano, como o provador e polêmico Nelson Leirner e uma das maiores representantes da arte conceitual brasileira: a icônica Regina Silveira.
Nesse mesmo período, conhece outros nomes importantes e inspiradores da arte tupiniquim, como Leda Catunda, Edgar de Souza, Mônica Nador e Ana Tavares.
Poucos tempo depois, mais precisamente em 1986, já formado, decide se mudar para Londres e, na Terra da Rainha, trabalha em uma agência de design, dando um start à sua carreira e por lá fica nos dois anos seguintes.
O artista e suas indagações e reflexões
Ainda na década de 1980, começa a desenvolver um trabalho voltado à representação dos objetos do cotidiano, de modo conceitual, e, dessa forma, promove um diálogo inteligente a seus espectadores, fazendo-os refletir sobre o retrato real dos elementos e suas múltiplas interpretações e simbolismos.
Para tanto, indaga e provoca, questionando a aparente naturalidade de itens comuns do dia a dia, como um simples copo d’água, e argumentando sobre sua impessoalidade e padronização.
Assim, cria pinturas e esculturas que apresentam uma linguagem basicamente geométrica. Logo, as obras de Iran do Espírito Santo revisam e ressignificam o minimalismo e suas propostas, as quais trazem à tona um questionamento nada óbvio: o que é percepção e o que é realidade, de fato?
Além de destacar essa temática sobre o que é real e o que é interpretação, o paulista também demonstra um profundo interesse sobre o aspecto comercial da arte e, assim, desenvolve um trabalho que combina ironia e sutileza, criticando o aspecto massificado da publicidade na arte, características bastantes presentes na pop art.
Já na década de 1990, mais especificamente em 1991, o conceitual e experimental artista viaja para o Canadá, onde realiza uma importante mostra individual em uma balada galeria do país.
Em seguida, dois anos, a história se repete nos Estados Unidos, e seu trabalho chama a atenção pelo diálogo perspicaz que promove ao relacionar a arte com a arquitetura, a fotografia e o design.
Dessa década até o período atual, o artista expõe seus trabalho de forma intensa tanto nos principais museus brasileiros como do mundo, transitando entre a Pinacoteca, Inhotim, o Irish Museum of Modern Art e galerias.
Em 2016, lança um livro dedicado ao desenho, que apresenta uma retrospectiva de suas criações gráficas e que traz diversas técnicas.
Principais obras de Iran do Espírito Santo
As obras de Iran do Espírito Santo exploram o conceito e a abstração de modo original e inovador. Confira, agora, as principais peças do artista.
1. Amnésia (1990)
Crédito: Enciclopédia Itaú Cultural
2. Sem Título (1995)
Crédito: Enciclopédia Itaú Cultural
3. Correções 4 (2001)
Crédito: Inhotim
4. Copo d água (2006)
Crédito: Pinterest
5. Base Fixa (sem data)
Crédito: Estadão
6. Grade (sem data)
Crédito: Laart. Foto de Joca Meirelles
O que você achou da biografia de Iran do Espírito Santo? Podemos dizer que a proposta de sua arte é, no mínimo, intrigante, não é mesmo? Dê sua opinião, ela é muito valorizada pela Laart!
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Crédito da foto de capa: O Globo
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