Obras e artistas da Pop Art: humor, cotidiano e mix de referências
A Pop Art surgiu como uma reação ao consumismo e à cultura de massa. Assim, artistas como Andy Warhol e Jasper Johns produziam peças com base em temas de consumo para criticar o estilo de vida massificado.
Quer saber mais sobre o que é Pop Art e descobrir quais foram os artistas que se dedicaram a esse estilo? Então, continue lendo este artigo.
“Oh, Jeff…I Love You, Too…But…”, de Roy Lichtenstein, é uma das imagens mais icônicas de Pop Art do todos os tempos. (Crédito: Daily Mail)
Quando surgiu a Pop Art: uma breve história
Embora a Inglaterra tenha sido o berço da Pop Art, onde o movimento surgiu na década de 1950, foi nos Estados Unidos que essa corrente ganhou mais notoriedade, atingindo seu ápice em 1962, em Nova York.
O crítico inglês Lawrence Alloway é considerado um de seus precursores, sendo também o fundador do Independent Group, um grupo de artistas independentes que difundiu o movimento.
Composto por pintores, escritores, escultores e críticos, o Independent Group desafiou as normas do expressionismo abstrato. Assim, seus debates se focavam em temas relacionados à cultura de massa, como a propaganda, filmes, histórias em quadrinhos e design de produtos.
“Eu era um homem rico”, 1947, de Eduardo Paolozzi, do Independent Group, é considerada a primeira obra da Pop Art.
“I was a Rich Man,” 1947, por Eduardo Paolozzi (Crédito: Tate)
Jasper Johns e Robert Rauschenberg foram os pioneiros da American Pop Art. No entanto, foi Andy Warhol o grande responsável pela fama do movimento. Afinal, suas obras são famosas até hoje e representam o estilo de vida centrado na arte pop.
A Pop Art também fez história no Brasil. Leia “Pop Art no Brasil: principais artistas e obras nacionais” e saiba tudo sobre o assunto!
Pop Art: artistas e técnicas
A iconografia de Jasper Johns
Com uma criatividade fora do comum, Jasper Johns transformava imagens do cotidiano em ícones do imaginário da Pop Art. Ele foi único ao transpor para o cenário artístico peças como mapas e bandeiras.
Não foi à toa que esse mestre ficou conhecido como “Flag” (1954-55). Afinal, depois de sonhar com a bandeira americana, ele começou a pintá-la de diversos modos, com cores diferentes das do símbolo americano, com rabiscos e sobreposições. Assim, esse trabalho se tornou uma das obras mais importantes e radicais da Pop Art.
“Flag” por Jasper Johns (Crédito: Jasper-Johns.org)
A colagem de Robert Rauschenberg
Para incorporar o cotidiano em suas obras, muitos artistas da Pop Art aplicavam a técnica de colagem em seus trabalhos.
Foi isso que fez o vanguardista Robert Rauschenberg ao combinar uma variedade de meios como jornais, revistas e imagens da televisão e do cinema em suas peças. Com habilidade, talento e, é claro, muita criatividade, Rauschenberg manipulava e multiplicava as imagens das mais diferentes formas.
Grande parte das obras de Pop Art de Rauschenberg apresenta o conceito “combine painting”. Por meio dele, o artista incorporava jornais, embalagens de produtos e outros objetos descartados que recolhia nas ruas em suas peças.
“Charlene” por Robert Rauschenberg (Crédito: Rauschenberg Foundation)
O humor criativo de Roy Lichtenstein
Uma das características que definem a Pop Art é a utilização do humor e da paródia para criticar a cultura popular.
Foi isso que fez de Roy Lichtenstein um ícone nesse sentido. O artista utilizava as histórias em quadrinhos de modo diferente, alterando o seu significado por meio de mudanças de contextos e palavras.
“Drowning Girl” por Roy Lichtenstein (Crédito: MOMA)
A serigrafia de Andy Warhol
Conhecido como “O Pai da Pop Art”, Andy Warhol revolucionou o movimento ao deixar os pincéis de lado e utilizar a serigrafia (também conhecida como Silk Screen) para reproduzir mensagens repetidas e, assim, promover críticas:
- à impessoalidade;
- ao consumismo;
- à mecanização da sociedade;
- à frieza da massificação.
Muitos dos trabalhos mais importantes de Andy Warhol com Pop Art envolveram o processo de Silk Screen, como a sua obra “Campbell’s Soup Cans”, um ícone dessa corrente artística.
“Campbell’s Soup Cans” por Andy Warhol (Crédito: MOMA)
A versatilidade de Peter Blake
O britânico Peter Blake é um dos representantes mais ilustres da Pop Art ao conseguir incorporar vários materiais em suas obras. Esse artista plástico também é gravurista e ficou famoso ao desenhar a capa do disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, em 1967.
Essa peça emblemática une colagem, gravura e escultura e, é claro, foi inspirada em ícones da cultura popular.
“Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” por Peter Blake (Crédito: Artsy)
Utilizando métodos que tornavam a sua arte acessível a todas as audiências, Blake sempre foi sublime ao valorizar o caráter efêmero da cultura popular. Fazia muito bem isso ao homenagear a criação de mitos, fossem eles lutadores, músicos, celebridades ou obras de arte clássicas.
Se você gosta de Pop Art, não pode deixar de conhecer o trabalho de um dos mais célebres artistas brasileiros desse gênero. Para isso, basta ler: “Claudio Tozzi: biografia e obras do pop artista brasileiro”.
Felizmente, o movimento Pop Art se mantém vivo até hoje, sendo muito bem representado por artistas como Jeff Koons, Ed Ruscha, Damien Hirst, Claes Oldenburg e Yayoi Kusama.
“Installation” por Yayoi Kusama (Crédito: Style Lingua)
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