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Carlos Vergara: biografia, obras e livros do artista 

Carlos Vergara é um artista multifacetado que marcou a história da arte brasileira em múltiplos campos. Entre tintas, gravuras, livros, filmes e fotos, ele conseguiu se destacar e, em muitos momentos, se expôs e mostrou sua coragem em épocas complicadas da história do Brasil, como a da ditadura militar. 

A citação, a seguir, mostra a personalidade e a postura do artista plástico em relação à arte: 

Picasso tem uma frase de que gosto muito: o pintor pinta o que vende; o artista vende o que pinta. Eu sempre tive a chance de fazer o que queria, não o que os outros queriam”.

Para conhecer a biografia de Carlos Vergara, suas obras, livros e trajetória, basta ler este post até o fim! Boa leitura. 

Biografia de Carlos Vergara, o artista plástico de múltiplos talentos 

O pintor, gravador, fotógrafo e escritor Carlos Vergara nasceu no Rio Grande do Sul, mais precisamente na cidade de Santa Maria, em 1941. Como apenas dois anos, junto com sua família, ele se muda para São Paulo. Assim, anos depois, em 1954, ainda adolescente, se muda mais uma vez. Dessa vez o local escolhido é a cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. 

A polivalência do gaúcho já pode ser percebida desde cedo. Isso porque, em 1959, com apenas 18 anos, ele ingressa na Petrobras. Ao mesmo tempo, atua como analista de um laboratório e o amor pela arte se torna latente. Afinal, no mesmo período, Carlos Vergara se dedica ao artesanato de joias.

Assim, como um processo natural, expõe suas peças em 1963 em uma bienal importante de São Paulo. No mesmo ano, conhece um de seus grandes mestres, o também gaúcho Iberê Camargo. Logo, tem aula com ele no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro e, assim, atua a seu lado como assistente. 

Carlos Vergara: entre pinturas, fotografias e arquitetura 

Em 1965, o artista participa de um dos eventos mais emblemáticos da história da arte, a Opinião 65, uma exposição que acontece logo após o Golpe Militar e que reúne diversos artistas jovens brasileiros e estrangeiros, como Hélio Oiticica e Wesley Duke Lee. 

Utilizando a metáfora como forma de expressão, esses jovens criticavam o autoritarismo e a arbitrariedade do regime militar com obras provocativas. É a primeira vez na história que a juventude brasileira ganhou voz e não teve receio de se expressar ativamente. 

Essa mostra também fica famosa por representar uma transição do moderno para o contemporâneo em termos artísticos. Isso porque esses jovens não se contentavam só em expor suas artes, mas também buscavam se comunicar de forma mais direta com sua audiência. 

Foi assim que nasceu a Nova Figuração, um movimento que teve como um de seus principais representantes o icônico Carlos Vergara e que também foi denominado de pop art brasileira. 

No ano seguinte, o artista participa da Mostra 66 e, em 1967, organiza uma exposição que tem como foco analisar a fazer um balanço da vanguarda artística brasileira. Nesse período, o artista plástico produz telas que apresentam influências tanto da pop art como do expressionismo. 

Já na década de 1970, seu trabalho ganha outro foco. Isso porque o artista começa a utilizar a fotografia e os filmes Super-8 para se expressar. Assim, com um talento sem limites, mostra profundo interesse por obras arquitetônicas e, logo, atua junto a profissionais da área desenvolvendo projetos importantes. 

A década de 1980 promove o reencontro de Carlos Vergara com as pinturas. Assim, o artista plástico explora as formas geométricas em suas obras e, com uma criatividade inata, emprega pigmentos naturais em suas telas. 

Dessa forma, surgem as monotipias, chamadas como “os sudários” pelo artista, um tipo de decalque em lenços que o artista plástico coloca em superfícies de diversos locais que contam uma conotação que remete ao sagrado. 

biografia de carlos vergara

Crédito: O Globo 

Já nos anos 1990, o gaúcho multifacetado realiza várias exposições individuais e utiliza em seu trabalho texturas diferentes, como de folhas e pedras, entre outros métodos. 

O século vira e o caráter vanguardista e criativo do artista se mantém. Afinal, nos anos 2000, o gaúcho talentoso passa a utilizar imagens em 3D em seu trabalho, assim compostos por fotografias que ele recorta e monta, uma forma de chamar a atenção do espectador para a obra com um diferente olhar. 

Carlos Vergara: livros dele e sobre ele

Como se não bastasse o trabalho intenso do artista voltado para produção de pinturas e da experimentação de novos materiais e da exposição frequente de suas peças, Carlos Vergara consegue também um tempo em sua agenda tanto para ser a figura central de publicações como para publicar seus livros. 

Entre os livros de Carlos Vergara, podemos destacar:

  • “Pinturas”;
  • “A Dimensão Gráfica: uma outra energia silenciosa”;
  • “Huzun”;
  • “Sudário”, 
  • “Carlos Vergara”. 

Veja também: 9 livros de arte para quem ama ler sobre o assunto

Carlos Vergara: obras principais

Já vimos que Carlos Vergara é um artista com vários talentos. Confira, agora, as suas principais obras – algumas, inclusive, estão disponíveis no acervo online da Laart!

1. Autorretrato com Índios Carajás (1968)

Crédito: Wikipédia

2. Técnica Mista (1975)

carlos vergara obras

Crédito: Laart. Foto de Joca Meirelles

3. Monotipia de Vergara (década de 1990)

carlos vergara obras

Crédito: Wikipédia 

4. Composição (1996)

Crédito: Laart. Foto de Joca Meirelles

Que trajetória icônica vivenciou esse mestre, não é mesmo? Você concorda? Compartilhe sua opinião com a gente!

Aproveite esse momento de aprendizado para conhecer as obras de Carlos Vergara presentes na Laart. Para isso, basta clicar aqui. Todas as gravuras são originais, assinadas e contam com certificado de autenticidade. 

Crédito da foto de capa: Medium

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