O que é arte moderna? Explorando os movimentos que definiram o gênero inovador
A história da arte moderna se costura e se mescla com a trajetória da Revolução Industrial, um período fortemente marcado por mudanças socioculturais. Tal época determinou o rumo da humanidade por meio de descobertas tecnológicas importantes, como a invenção da máquina a vapor.
Assim, entre o final do século XIX e a metade do século XX, a arte moderna, bastante influenciada por essas transformações, surgiu com propostas diferentes em vários campos artísticos, como a pintura, a arquitetura, a música e a fotografia. Logo, os artistas modernistas, com pensamentos contra o establishment, buscaram expressar sua arte contrariando tudo o que já havia sido criado e idealizado até então.
Todas essas mudanças, que começaram na Europa, expandiram-se para a América do Norte e, por fim, por todo o globo. Assim, muitos artistas começaram a basear sua arte em suas próprias experiências pessoais, sendo contaminados por assuntos emblemáticos da época, como a ideia do subconsciente proposta por Sigmund Freud.
Surgindo como uma nova forma de manifestação artística, a arte moderna quis romper com o preestabelecido. Assim, essa corrente ficou conhecida por seu espírito de vanguarda e pela mentalidade visionária de seus artistas.
Logo, a arte modernista se expressou de diversas e diferentes formas. Ou seja, seus artistas começaram a experimentar novas técnicas e mídias, o uso expressivo de cores e a utilização de elementos não convencionais.
Para traçar a evolução da arte moderna, é preciso reconhecer e entender os gêneros que a compõem. Para isso, é essencial saber a sua definição.
O que é arte moderna?
A arte moderna nasceu com a proposta de inovar, recriar e reinterpretar a estética tradicional das correntes artísticas anteriores.
Juntamente com as novas tendências e mudanças de comportamento originárias dos avanços tecnológicos da era industrial, a arte moderna acompanhou a mudança de pensamento da sociedade. Dessa forma, propôs ao mundo conceitos criativos aliados a perspectivas racionalistas.
Assim, como um processo natural, os artistas modernistas projetaram para o mundo um novo modo de retratar a realidade. Logo, aplicavam um ponto de vista particular e único, que se misturava com suas próprias experiências.
Artistas modernistas
A história da arte moderna depende e está totalmente interligada à jornada e às conquistas dos artistas modernistas. Afinal, em seus trabalhos, suas visões eram apresentadas ao mundo, o que era realizado por meio de recursos visuais.
No geral, os artistas modernistas propunham obras originais e criativas. Faziam isso com o objetivo de exteriorizar suas ideias e pensamentos de maneira insólita. Assim, não foi à toa, que muitos deles se tornaram pensadores independentes por explorarem a arte com inovação e vanguardismo.
Entre os artistas mais emblemáticos desse período, Gustave Courbet foi um dos grandes destaques. Isso porque, em meados do século XIX, ele desenvolveu um estilo único e diferenciado.
“Enterro em Ornans” – Gustave Courbet. Crédito: Jornal Tornado
A obra acima, “Enterro em Ornans”, escandalizou o circuito artístico francês ao retratar o funeral de um homem comum de uma aldeia camponesa. Manifestando a luta de classes, a peça foi discriminada por seu pouco valor estético. Logo, foi considerada de mau gosto, indo totalmente contra à suposta sofisticação da burguesia da época.
Como consequência direta, o trabalho de Gustave Courbet foi condenado ao esquecimento. No entanto, foi um marco fundamental para a arte moderna, influenciando outras gerações de artistas do movimento. Vale destacar que esse paradigma de rejeição e crédito posterior foi repetido inúmeras vezes por artistas modernistas.
Movimentos de arte moderna
Em toda a história da arte, há uma tendência de categorizar artistas de acordo com sua identidade, modo de expressar sua arte e, é claro, de acordo com a época de suas existências. Logo, os termos correntes artísticas e escolas são utilizados para classificá-los.
No geral, esse conceito de definir categorias é adequado e, sob uma certa ótica, prático. Afinal, há muitos movimentos que possuem um objetivo singular em comum, como o Impressionismo, o Futurismo e o Surrealismo.
Para ilustrar um pouco esse cenário, a icônica obra de Claude Monet, “Impressão, nascer do Sol”, foi mal recebida. Porém, ele e outros artistas impressionistas foram motivados pela crítica. Logo, definiram essa corrente para futuros artistas de mentes independentes que buscavam se unir de acordo com uma proposta objetiva e estética singular.
“Impressão, nascer do sol”- Claude Monet. Crédito: Wikipédia
Claude Monet é considerado um dos pintores mais famosos de todos os tempos, e “Impressão, Nascer do Sol”, uma de suas peças mais icônicas. Quer saber quem são os outros pintores mais emblemáticos da história da arte? Então, leia: “Pintores mais famosos do mundo: quem são e quais são seus quadros mais conhecidos?“.
Apesar dessa prática de agrupar artistas em correntes parecer prática e inteligente, ela nem sempre é correta. Afinal, há muitos movimentos e escolas que contam com artistas com características extremamente diversificadas.
Por exemplo, Vincent van Gogh, Paul Gauguin, Georges Seurat e Paul Cézanne são considerados os principais artistas do Pós-Impressionismo. Essa nomenclatura surgiu para designar os desvios dos artistas de motivos impressionistas, bem como seu lugar cronológico na história. Porém, ao contrário de seus antecessores, os pós-impressionistas não representavam um movimento unido sob uma única ideologia
Além disso, vale destacar que muitos artistas não se encaixavam em nenhum estilo artística em particular. Logo, é incorreto rotular importantes nomes como Auguste Rodin, Amadeo Modigliani e Marc Chagall como adeptos de um movimento artístico único.
Apesar dessas divergências em relação ao pertencimento ou não dos artistas em relação a movimentos, essa divisão tem o seu valor. Afinal, por meio dela, os fatos contextuais ajudam a examinar seus artistas e peças individuais.
Modernismo no Brasil
A arte moderna no Brasil tem como marco simbólico a Semana de Arte Moderna de 1922, considerada um divisor de águas na cultura brasileira.
O evento foi organizado por um grupo de intelectuais e artistas que declararam o rompimento com o tradicionalismo cultural associado às correntes literárias e artísticas anteriores: o parnasianismo, o simbolismo e a arte acadêmica.
Alguns nomes importantes do modernismo do Brasil foram:
- Tarsila do Amaral;
- Emiliano Di Cavalcanti;
- Candido Portinari;
- Anita Malfatti;
- Lasar Segall, entre outros.
“Samba” – Emiliano Di Cavalcanti . Crédito: Enciclopédia Itaú Cultural
“Operários”- Tarsila do Amaral. Crédito: Cultura Genial
A gravura abaixo, feita em serigrafia, também é um belo exemplo de arte moderna. Clique aqui e saiba tudo sobre essa gravura de Cícero Dias.
Crédito: Laart. Foto de Joca Meirelles
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