escultura cinética

Escultura cinética: o que é esse tipo de arte?

Entender o que é uma escultura cinética é compreender o movimento em sua essência. Afinal, uma peça desse gênero conta com uma proposta e um conceito por trás dela. 

Mais antiga do que você pode imaginar, os primeiros traços da escultura cinética foram elaborados pelo gênio impressionista Claude Monet e pelo “mestre das bailarinas” Edgar Degas ainda no século XIX. Isso porque os artistas franceses buscavam expressar os movimentos humanos em suas obras. 

No entanto, a escultura cinética começou a despontar, de fato, no início do século XX, quando, o precursor do ready made e um dos pais da arte conceitual, o icônico Marcel Duchamp, criou uma de suas peças mais famosas em 1913, a “Roda de Bicicleta”. 

Porém, o auge da escultura cinética aconteceu um pouco depois, mais precisamente entre as décadas de 1950 e 1960, quando o americano Alexander Calder, personalidade famosa por produzir esculturas gigantescas e móbiles, decidiu destacar o dinamismo em suas peças. 

Dessa forma, ele é considerado o pioneiro na escultura cinética tendo influenciado o trabalho de artistas brasileiros de renome, como Abraham Palatnik, que também abraçou essa estética em suas obras. 

Jean Tinguely, escultor suíço, também é considerado um dos precursores desse gênero. Conhecido por produzir peças que satirizavam a função das máquinas no período pós-guerra, o trabalho do artista ficou marcado pela crítica social, assim expressa por esculturas que se movimentavam de modo desordenado. 

O vídeo, a seguir, mostra a engenhosidade de seu  trabalho: 

Mas, afinal, o que é uma escultura cinética? Para compreender de forma completa esse tema, conhecer principais exemplos de obras e outros conceitos, como o da dança macabra na escultura cinética, basta seguir com sua leitura! 

O que é uma escultura cinética? Entenda!

Uma escultura cinética é a obra feita a partir da energia do movimento. Para tanto, a sua criação deve apresentar elementos que indiquem mobilidade e dinamismo. 

Mais importante do que o significado do termo, é o efeito que ele causa no espectador. Isso porque, em muitos momentos, peças desse gênero podem gerar efeitos hipnóticos nas pessoas que a observam. 

Afinal, elas não apenas representam o movimento, elas estão em movimento, como você pode perceber no vídeo a seguir, que mostra o trabalho incrível de um artista que utiliza apenas o vento para mover suas esculturas na praia. 

Nesse cenário, é válido ressaltar que a arte cinética encontrada em esculturas originou outras vertentes, como é o caso da op art, cujo termo foi utilizado pela primeira vez em 1961, na Revista Time. 

Tanto o cinetismo como a op art privilegiam a abstração, o dinamismo e efeito hipnótico em suas obras. Porém, o segundo gênero geralmente é mais expresso por obras feitas em preto e branco. 

Quais as principais características da escultura cinética?

Apesar da escultura cinética apresentar um caráter subjetivo que se transforma de acordo com a intenção do seu criador e da percepção de seu observador, esse tipo de obra conta com características singulares, como:

  • o uso de diferentes materiais, como vidro, arame, madeira e metal;
  • a valorização do movimento e da dinamicidade;
  • o contraste com artes consideradas “mais realistas”, como a arte figurativa;
  • a aplicação de técnicas de engenharia e matemáticas; 
  • a presença de formas geométricas;
  • o emprego de efeitos externos, como da luz e das sombras;
  • os efeitos hipnóticos gerados;
  • a tridimensionalidade das peças;
  • o prestígio da interação da plateia em relação à obra. 

Quais são as principais esculturas cinéticas?

O Brasil e o mundo contam com escultores cinéticos que exploraram esse gênero de forma sublime e transformadora. Saiba agora quem são eles e conheça suas principais obras.

1. A Roda da Bicicleta (1913) – Marcel Duchamp

2. Arco das Pétalas (1941) – Alexander Calder

3. Objeto cinético – Abraham Palatnik (1968)

4.  Dança Macabra na escultura cinética (1986) – Jean Tinguely 

Jean Tinguely também ficou conhecido por explorar o tema dança macabra na escultura cinética, explorando um conceito que vem desde a Idade Média e que tem como base destacar a universalidade da morte, convidando a todos a bailarem em direção a seus túmulos. 

5. Fisicromía para Madrid – Carlos Cruz-Diez (1991)

Crédito: Insituart Projects 

Aliás, Carlos Cruz-Diez é uma das figuras da arte cinética mais emblemáticas da América Latina. Ele também ficou conhecido por dominar as cores e a ilusão de ótica, o vídeo abaixo mostra o trabalho do venezuelano. Quer conhecer sua biografia e principais obras? É só clicar aqui! 


A Laart conta com gravuras deste célebre artista. Clique aqui e as conheça! 

6. Monumento ao Jangadeiro – Sérvulo Esmeraldo (1992)

escultura cinética

Crédito: Prefeitura de Fortaleza 

Aproveite para conhecer a biografia desse artista brasileiro e suas obras presentes no acervo da Laart! 

Como pôde perceber ao longo desse post, a criatividade na escultura cinética nao tem barreiras nem limites. Afinal, essas peças mesclam engenhosidade com cálculos matemáticos e uma estética para lá de original. 

A Laart valoriza muito esse tipo de arte e, como consequência, o trabalho de seus artistas. Tanto que lamenta muito a morte de um dos precursores brasileiros da arte cinética no Brasil, o icônico Abraham Palatnik, que foi vítima do Coronavírus. 

Nesse momento difícil da história da humanidade, a Laart está oferecendo gravuras a preços especiais. Além disso, você pode escolher uma entidade filantrópica para doar parte do valor da compra. 

Mude sua vida e contribua para transformar a vida de outras pessoas durante esse período de crise. Clique aqui e saiba mais.

Crédito da foto de capa: Atlas Obscura

Share with

There are no comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Start typing and press Enter to search

Shopping Cart
Não há produtos no carrinho.