Arquiteto Lúcio Costa: biografia e obras do mestre da arquitetura e urbanismo
De personalidade forte e talento transbordante, o arquiteto Lúcio Costa é considerado, ao lado de Oscar Niemeyer, um dos grandes nomes da arquitetura moderna e do urbanismo.
Criador de vários projetos e famoso por sua oratória, o mestre não só deixou um legado único e fundamental para a história da arquitetura brasileira, como também exerceu um papel essencial na cultura pois, mirando o futuro, buscou promover ideias e ideais inovadores que até hoje são debatidos e aplaudidos por profissionais ao redor do globo.
A beleza da trajetória desse gênio é inegável. Para descobrir, em detalhes, como ela aconteceu e conhecer as obras de Lúcio Costa, basta ler este post até o fim!
Biografia de Lúcio Costa: o início e a ascensão do gênio
Nascido em 1902, na França, na cidade de Toulon, Lúcio Costa teve uma infância marcada por muitas viagens, pois seu pai, Joaquim Ribeiro da Costa, foi um almirante bastante atuante do governo brasileiro.
Logo após o seu nascimento, a família do arquiteto se mudou para o Brasil e permaneceu em terras tupiniquins até ele completar 8 anos, em 1910.
Em seguida, a família retornou para a Europa e ficou no velho continente por seis anos, transitando em diferentes países e escolas, um fato importante que rendeu ao nobre arquiteto uma excelente bagagem cultural e uma formação multifacetada.
Assim, em 1917, aconteceu o retorno definitivo do arquiteto Lúcio Costa e de sua família para o Brasil, marcado pela matrícula do jovem francês na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde foi influenciado pela estética e conceitos da arquitetura neoclássica.
Dessa forma, em 1924, já formado, abriu seu primeiro escritório na cidade maravilhosa. Foi nesse período que seu primeiro projeto foi elaborado, o da Casa Rodolfo Chambelland.
Crédito: Jobim.org
No entanto, ainda na década de 1920, a proposta modernista encontrada nas obras de ícones da arquitetura moderna, como Le Corbusier e Ludwing Mies van der Rohe chamaram a sua atenção de tal forma que o arquiteto resolveu se render a ela.
Nesse período, aconteceu outro fato importante na biografia de Lúcio Costa, desta vez, em relação à sua vida pessoal. Isso porque foi nessa época, mais precisamente em 1928, que ele se casou com Julieta Guimarães Costa, com quem construiu uma família.
Pouco tempo depois, em 1930, o seu talento e conhecimento chamaram a atenção de outra esfera, a política. Isso porque nesse ano ele foi convidado a se tornar o chefe de gabinete de uma importante figura, do jornalista e advogado Rodrigo Melo Franco de Andrade, uma personalidade bastante influente que transitava entre os modernistas do período.
Logo, Lúcio Costa acaba sendo indicado, por ele, para dirigir a Escola Nacional de Belas Artes, um cargo que exigiu uma grande responsabilidade e espírito de liderança do arquiteto, já que ele tinha como missão nada menos do que reformular o ensino de artes plásticas, assim como inaugurar um curso de arquitetura brasileira.
Assim, criou o salão livre de artes plásticas, que contou com a presença de ilustres nomes da arte moderna brasileira, como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Candido Portinari, e que ficou conhecido por suas diversas experimentações artísticas.
A sua proposta foi tão inovadora que não agradou os professores mais conservadores do período, que reagiram de modo intenso e pediram o afastamento do arquiteto do cargo.
Assim, sob pressão, Lúcio Costa deixou sua função, o que causou revolta entre os estudantes do período que promoveram uma greve que durou quase um ano. Entre esses alunos um nome se destacou: o do célebre Oscar Niemeyer.
Entre prêmios e a criação de seu projeto mais famoso
O fato de deixar o cargo não o abateu, pelo contrário, atuou como um estopim para que o arquiteto não desistisse de promover suas ideias.
Assim, focado em contribuir para as mudanças culturais do Brasil, ele convidou Le Corbusier a visitar terras tupiniquins para atuar como consultor para um projeto do Ministério, o que aconteceu em 1936.
Três anos depois, depois de vencer um concurso, junto com Oscar Niemeyer e Paul Lester Wiener, ele assinou o projeto do Pavilhão Brasileiro de Nova York.
Assim, o arquiteto Lúcio Costa foi desenvolvendo projetos, ganhando prêmios, escrevendo livros e inspirando outros profissionais.
Já em 1954, a vida pregou uma peça, marcada pelo falecimento de sua esposa em um acidente de carro, um evento trágico pelo qual se sentiu responsável.
Contudo, esse sentimento não o fez desistir de seus planos e projetos, tanto que, pouco depois, em 1957, venceu o concurso mais importante de sua vida, já que, com ele, concebeu o seu projeto mais famoso: o do Plano Piloto para a construção de Brasília.
O sucesso do arquiteto Lúcio Costa
O projeto do arquiteto para a construção de Brasília representou um marco histórico. Isso porque ele ajudou a dar à luz uma nova capital e, assim, contribuiu para propagar uma imagem inovadora e de progresso do Brasil para o mundo.
Nesse sentido, é válido ressaltar que Lúcio Costa foi o único arquiteto que conseguiu traduzir essa proposta de modernidade em forma de projeto. A sua proposta foi tão singular e inteligente que convenceu quase todos os membros do júri.
Foi com o Plano Piloto que o mestre ficou conhecido internacionalmente e, junto com Oscar Niemeyer, encabeça a lista de arquitetos mais icônicos da história do Brasil.
Crédito: Metrópoles
Principais obras de Lúcio Costa
O arquiteto Lúcio Costa morreu quase centenário, em 1998, deixando um legado riquíssimo e um ponto de vista diferenciado.
Confira, agora, as principais obras de Lúcio Costa.
1. Edifício Gustavo Capanema (1937 a 1943)
Crédito: Wikipédia
2. Pavilhão Brasileiro de Nova York (1939)
Crédito: ArchDaily
3. Projeto da Casa do Brasil (1952)
Crédito: Maison du Brésil
4. Plano Piloto de Brasília (1957)
Crédito: Wikipédia
5. Torre de TV de Brasília (1965 a 1967)
Crédito: Wikipédia
“O arquiteto, pretendendo ser modesto, não deve jamais empregar a expressão ‘rabisco’ e sim risco”.
Neste post, você conheceu a biografia e os projetos e obras mais famosos do arquiteto Lúcio Costa. Qual foi sua impressão sobre a sua trajetória? Conta para a gente!
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Crédito da foto de capa: Arquitetura e Urbanismo Para Todos
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