5 pontos da arquitetura moderna de Le Corbusier: conceitos e aplicações atuais

Le Corbusier exerceu um papel fundamental na história da arquitetura moderna e contemporânea. Afinal, com um conceito único e inovador, ele mudou o curso das construções e projetos ao propor novos 5 pontos da arquitetura moderna.

Essa proposta contou com uma lista de itens essenciais que o famoso profissional considerou que toda casa moderna deveria apresentar.

Com uma visão vanguardista e futurista, o arquiteto teve como projeto de origem a Villa Savoye, uma construção que inspirou a elaboração de várias outras e que, até hoje, encanta profissionais ao redor do mundo. Concluída em 1928, a Villa Savoye apresenta os famosos 5 pontos de Le Corbusier.

Quer saber em que se baseiam esses 5 pontos da arquitetura moderna? Então, leia este post até o fim!

5 pontos da arquitetura moderna: quais são eles?

Conheça, agora, os 5 pontos da arquitetura moderna de Le Corbusier.

1. Planta livre

Um dos 5 pontos da arquitetura de Le Corbusier é a planta livre, uma das técnicas mais utilizadas atualmente em projetos contemporâneos. Por meio desse conceito, o arquiteto propôs que os espaços poderiam ser modificados de forma livre, mas a estrutura da construção deveria ser mantida sem qualquer tipo de dano.

Em outras palavras, essa técnica propôs flexibilidade, organização e, também, integração de espaços. Nesse cenário, um bom exemplo é o uso de divisórias simples, feitas de gesso ou outro material para separar os cômodos.

A ideia da planta livre remete a um modernismo sem igual, não é mesmo? No entanto, esse conceito é mais antigo do que muitos imaginam, pois surgiu na mente desse gênio da arquitetura em 1926. Nesse contexto, vale destacar que a proposta dos espaços integrados foi uma extensão complementar e natural da ideia de planta livre.

Uma das questões mais emblemáticas e geniais da planta livre é o fato de ela trazer amplitude para os espaços pequenos, além de melhor iluminação. Porém, esse famoso item peca no sentido de privacidade, já que não apresenta paredes.

Crédito: Casa Abril

2. Fachada Livre

O conceito da fachada livre apresenta uma conexão direta com a ideia da planta livre. Isso porque esse ponto destaca o desvinculo das paredes em relação à estrutura. Ou seja, dessa forma, é possível realizar modificações livres sem que haja prejuízo para a construção.

Para construir o conceito de fachada livre, alguns materiais como o vidro ou o elemento vazado como fechamento são alguns exemplos.

O Edifício Copan, de Oscar Niemeyer, representa bem esse ponto da arquitetura de Le Corbusier.

Crédito: SP Bairros

3. Janela em fita

A janela em fita também apresenta uma relação direta com a questão da fachada livre e sem estrutura.

Bastante presente no design contemporâneo, esse ponto de arquitetura se baseia em aberturas longilíneas e elegantes, que cortam toda a extensão da construção. Logo, esse conceito favorece a iluminação e também valoriza a paisagem externa. Assim, a janela em fita também apresenta uma importância fundamental para o paisagismo. 

A Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, mais conhecida como Catedral de Brasília, concebida por Oscar Niemeyer, é um bom exemplo da janela em fita.

Crédito: Wikipédia

4. Pilotis

O uso de pilotis também se configura como um dos 5 pontos da arquitetura moderna e eleva a construção. Os pilotis valorizam a questão da amplitude e da liberdade. Isso porque essa ideia se baseia no uso de colunas que sustentam um edifício, não de paredes. Dessa forma, os pilotis também deixam o pavimento térreo livre.

Essa proposta, além de promover a liberdade, valoriza a segurança, pois favorece a visão dos transeuntes.

O MASP, de Lina Bo Bardi, é um excelente exemplo de pilotis. Isso porque essa construção prestigia a locomoção e, seu vão livre, também funciona como como uma área de lazer para quem passa por ele.

Crédito: Veja

5. Terraço Jardim

Por fim, entre os 5 pontos de Le Corbusier, está o conceito do Terraço Jardim. Com ele, o gênio da arquitetura modernista propôs que os telhados atuassem apenas para proteger as construções das intempéries climáticas. Logo, promoveu a transformação de coberturas em terraços habitáveis, contrapondo-se à estética de telhados inclinadas dos projetos tradicionais.

Fizeram parte da ideia de Terraço Jardim a inclusão do verde e bancos, valorizando o bem-estar e o encontro das pessoas.

O Palácio Gustavo Capanema representa bem essa proposta de Le Corbusier.

Crédito: Iphan

Villa Savoye: 5 pontos Le Corbusier 

A Villa Savoye, uma casa localizada nos arredores de Paris, provavelmente é o melhor exemplo da arquitetura modernista de Le Corbusier. 

Le Corbusier, junto com seu primo Pierre, planejou toda a composição como uma sequência de efeitos espaciais. Assim, o visitante que chega de carro, passo por baixo da casa e circula em torno de sua entrada principal. Logo, atinge o hall, sobe as escadas em espiral (ou a rampa) e, dessa forma, chega à área de estar.

Nesse cenário, a rampa se estende do terraço para o deck superior. Essa construção também se destaca por valorizar a paisagem, pois permite que quem a visite aprecie a natureza e aproveite a luz solar.

Como pode observar abaixo, o design dessa construção incorpora os 5 pontos da arquitetura moderna de Le Corbusier citados neste post.

 Crédito: Wikipédia

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Crédito da foto de capa: Viva Decora