Frank Gehry: biografia e obras impressionantes do mestre desconstrutivista
Com uma narrativa que exalta o caos e dono de uma personalidade controversa, o arquiteto Frank Gehry tem a peculiaridade, a inovação, a precisão e a criatividade como guias de seu trabalho.
Suas obras, de estilo desconstrutivista, parecem desafiar as leis da física e, assim, surpreendem pela estética avassaladora e divertida. Muitas delas parecem esculturas cinéticas que brincam no ar de maneira despretensiosa.
Uma das mais famosas frases de Frank Gehry revelam um pouco a visão de sua mente genial.
“A vida é caótica, perigosa e surpreendente. Os edifícios devem refletir tudo isso”.
Por trás desse humor, há um olhar crítico e profundamente focado em compor construções caóticas, mas milimetricamente calculadas até a exaustão.
Frequentemente, o termo starchitect é associado à sua figura. No entanto, ele repudia o rótulo de “arquiteto celebridade”, uma vez que, para ele, esse nome reduz o significado de suas obras ao mero design chamativo quando, na verdade, elas são muito mais do que isso.
Curioso em conhecer a biografia de Frank Gehry e suas obras? É só seguir lendo!
Biografia de Frank Gehry: trajetória do ícone visionário
Nascido em 1929, em Toronto, no Canadá, Frank Gehry demonstra interesse pela arte e para arquitetura logo cedo. Na infância, fazem parte de seus dias brincadeiras que exploram elementos desses dois mundos e, assim, a imaginação, a criatividade e inventividade já demonstram ser suas palavras de ordem.
Na década de 1930, cria cidades fictícias com itens encontrados na loja de ferragens de seu avô. Esse interesse por materiais diferentes já prenuncia o futuro de alguém que não se contenta com elementos simples e já traz à tona um modo de pensar inovador.
Aos 20 anos, se muda para os Estados Unidos, mais precisamente para a cidade de Los Angeles. Lá, decide mudar seu nome de Goldberg para Gehry, na tentativa de evitar a perseguição e a discriminiação antissemita, que ainda vigoram no cenário pós-guerra.
Ele ingressa em uma universidade da Califórnia e alia estudos com o trabalho de arquiteto aprendiz. Logo, em 1954, conquista seu diploma.
Em seguida, decide se mudar de Los Angeles, junto com sua mulher e filhos, para Cambridge, Massachusetts, e começa a frequentar a Harvard Graduate School of Design. Porém, decide abandonar o curso, separa-se de sua esposa e retorna para a costa leste do país.
O sucesso como designer de móveis
No começo dos anos 1960, atua em alguns escritórios de arquitetura, até que decide fundar o seu próprio estúdio, onde se mostra ser um hábil designer de móveis de papelão.
Essa criação se torna conhecida e aplaudida pelo design único e por apresentar uma linguagem original que privilegia a sustentabilidade e a leveza.
Suas peças ficam conhecidas como “Easy Edges” e, até hoje, seu conceito é utilizado por designers ao redor do globo, assim como, elas fazem parte de museus importantes, como o MoMA.
Crédito: Artsy
Porém, com receio de que esse lançamento pudesse prejudicar a sua atuação como arquiteto, Frank Gehry decide abandonar essa produção para se focar na arquitetura.
Nessa mesma época, frequenta e faz parte da cena artística americana. Assim, torna-se figura carimbada na Galeria Ferus, um ambiente badalado do período que apresenta algumas das exposições mais famosas da história, como a de Andy Warhol, mestre da pop art.
Ele chama a atenção de artistas importantes do período, como Billy Al Bengston e Ed Moses, que se surpreendem com a personalidade inquieta do arquiteto e por sua visão fora da caixa.
O apogeu como arquiteto
Desse período em diante, o canadense já naturalizado americano, utiliza a usa a arte para fins arquitetônicos.
Com uma jornada fortemente guiada pela intuição, o seu trabalho exibe uma profunda preocupação em criar obras bem construídas que apresentem uma relação significativa com o mundo.
Logo, também demonstra elevada técnica, assim como não abre mão de diferentes materiais, como o aço e o arame, e do uso de softwares.
Nesse contexto, é fundamental ressaltar que utiliza a tecnologia não como fim, mas como um meio fértil de explorar suas ideias e transformá-las em algo concreto.
Seu modo de pensar pode ser melhor compreendido por meio de suas citações, como a seguir, que é uma das mais sinceras frases de Frank Gehry.
“Projeto cada edifício como uma escultura, um local que combina espaço, luz e ar e que funciona de acordo com um contexto, que é ajustado ao sentimento e ao espírito”
O apogeu da carreira como arquiteto acontece na década de 1970, quando o canadense decide ressignificar a estética de sua própria casa.
Para tanto, utiliza o aço como material. O design vanguardista atrai olhares de profissionais e de clientes e, assim, seu nome vai ganhando destaque e o arquiteto é convidado a criar obras de grande porte.
O deconstrutivismo de Frank Gehry
Frank Gehry se torna conhecido por seus projetos e construções desconstrutivistas. Suas obras trazem a inovação e uma estética disruptiva, em que a alinearidade e o caos dialogam de forma sublime.
Em 1989, conquista o Prêmio Pritzker, a condecoração máxima de arquitetura. Hoje, Frank Gehry, com mais de 90 anos, é um dos principais nomes da arquitetura contemporânea mundial.
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Frank Gehry : obras que marcaram a história
Museu Guggenheim Bilbao
Crédito: Viva Decora
Crédito: Guggenheim Bilbao
Walt Disney Concert Hall
Crédito: All Cad Blocks
Dancing House
Crédito: My Modern Met
Olympic Fish Pavilion
Crédito: My Modern Met
Fondation Louis Vuitton
Crédito: Architect Magazine
Praticamente impossível descrever com palavras as obras de Frank Gehry, não é mesmo?
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Crédito da foto de capa: Los Angeles Times
Excelente artigo sobre o Frank Gehry!
Aliás, algumas das obras dele nem sabia que era da autoria dele.
Muito bom mesmo!