O que é dadaísmo? A origem do movimento que desafiou a sociedade do século XX
O dadaísmo, também conhecido como “dada”, foi uma corrente artística de vanguarda que teve como país de origem a Suíça e que aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial.
Com um slogan baseado na proposta de que “destruir também é criar”, esse movimento ficou conhecido por apresentar um forte caráter anárquico. Para você ter uma ideia, o termo “dada” significa “brinquedo de criança”, um nome aleatório e sem sentido escolhido pelos fundadores dessa corrente.
Baseado na ilógica e na irracionalidade, o dadaísmo se caracterizou como um movimento que foi além da arte. Isso porque foi baseado em um protesto social, representado por meio de um manifesto elaborado contra a ideologia dominante em vigor.
O movimento dadaísta englobou diversos campos artísticos, como a literatura, a música, o teatro, a dança e as artes plásticas, sendo também importante para a filosofia.
Essa corrente teve como principais representantes artistas e intelectuais europeus que acreditavam que a Primeira Guerra Mundial era ilógica e insensata.
Desse modo, para protestar contra isso, os artistas do dadaísmo utilizavam o absurdo como arma contra a elite dominante, um grupo que eles consideravam contribuir para a eclosão da guerra.
Logo, com ironia e como o intuito de desestruturar as propostas da arte tradicional, o dada teve como base a desconstrução de tudo o que fosse racional. Desse modo, valorizou a causalidade e o caos, por meio da mescla de elementos de modo aleatório.
Em outras palavras, a arte dadaísta apresentou um forte caráter de negação. Isso porque, por meio dela, diversos valores foram rejeitados, como a própria cultura da época. Dessa forma, o dada ficou conhecido por seu radicalismo ao promover intensamente o absurdo e o irracional.
Agora que você já entendeu o que é dadaísmo, basta seguir com sua leitura para saber como surgiu o dadaísmo e quais foram as características, artistas e obras do movimento.
Como surgiu o dadaísmo e quais foram seus principais artistas?
O dadaísmo surgiu na Suíça, mais precisamente em Zurique, em 1916. Foi concebido por artistas e intelectuais refugiados de capitais europeias cercadas pela Primeira Guerra Mundial.
A partir desse contexto histórico, a arte dadaísta foi influenciada pela arte cubista, o expressionismo e o futurismo na arte. Assim, questionou, além da guerra, a sociedade e a modernidade. Logo, as raízes do dada são bastante profundas, pois a criação desse movimento teve como base a reação contra a cultura capitalista e a degradação da arte.
Assim, além da atitude de resistência contra a guerra e o capitalismo, os artistas dadaístas questionavam o papel da arte na modernidade. Esse questionamento se tornou ainda mais relevante à medida que a arte dadaísta se espalhou ao redor do globo.
Os principais artistas do movimento dadaísta foram:
- Hans Arp: pintor e poeta alemão;
- Hugo Ball: poeta, filósofo e escritor alemão;
- Stefan Zweig: escritor, poeta e dramaturgo austríaco;
- Tristan Tzara: poeta romeno;
- Else Lasker-Schuler: poeta alemão;
- Emil Ludwig: escritor germano-suíço;
- Marcel Duchamp: pintor, escultor e poeta francês;
- Raoul Hausmann: artista plástico e poeta austríaco;
- Max Ernst: escultor, artista gráfico e pintor alemão;
- Jean Arp: escritor, pintor e poeta franco-alemão.
Dadaísmo: características e ideais
As características e ideais centrais do movimento dadaísta foram:
- a negação;
- a valorização do absurdo e do caos;
- o rompimento com a arte tradicional;
- o forte caráter de protesto;
- o uso contínuo da ironia;
- o prestígio do ilógico e do nonsense;
- o improviso e a espontaneidade;
- a vanguarda e o anarquismo;
- a oposição à guerra;
- a rejeição ao capitalismo e à sociedade burguesa;
- a irreverência;
- o pessimismo;
- a crítica ao materialismo;
- o questionamento constante sobre o papel da arte.
Obras do dadaísmo
Conheça, agora, algumas das principais obras do dadaísmo.
1. “A Fonte”, de 1917, de Marcel Duchamp
Marcel Duchamp, também conhecido por ser um dos precursores da arte conceitual, apresentou como obra a escultura “Fountain”, que nada mais era, como você pode observar, do que um mictório de porcelana.
Ao expor essa peça, o artista teve como ideia declarar que ela era uma obra de arte. Logo, quis desafiar o establishment, promovendo o debate do que poderia ser considerado arte.
Para o artista, qualquer elemento poderia ser considerado arte, pois o que importava, de fato, era o conceito e as ideias por trás da obra, não a estética ou a representação física da arte.
Crédito: Artrianon
2. “Desfile Amoroso”, de 1917, de Francis Picabia
Crédito: Pinterest
3. “Édipo Rei”, de 1922, Max Ernst
Crédito: Max-Ernst
3. “Colagem abcd”, de 1923, de Raoul Hausmann
Crédito: Pinterest
O movimento dadaísta e o seu legado
As abordagens ousadas dos dadaístas provocaram controvérsias e debates na cultura.
Sua rápida ruptura com a tradição, sua busca apaixonada por um novo modo de expressão e sua disposição de levar o mundo da “arte” para um campo igualitário, por meio do humor e do absurdo, permitiram que a arte dadaísta conquistasse fãs e também provocasse inimigos.
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Crédito da foto de capa: WideWalls
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