alejandro aravena

Alejandro Aravena: biografia do mestre da consciência social

Alejandro Aravena foi o primeiro chileno a conquistar o Prêmio Pritzker, a condecoração máxima da arquitetura. Receber o Nobel da Arquitetura representa um simbolismo único, que traduz e honra a trajetória desse profissional que alia inovação, poesia e engajamento social. 

Para tanto, desenvolveu um trabalho criativo em que o ego é deixado de lado, e o humanismo e a beleza se mesclam e fortalecem a questão social. Essa última, mais em voga e importante do que nunca, uma vez, que segundo relatório da ONU, mais de 130 milhões de indivíduos ao redor do globo cruzarão a linha da pobreza extrema em 2021.

Com uma narrativa que desmistifica o caráter artístico da arquitetura e valoriza o interesse público e o impacto social das construções, Alejandro Aravena ao mesmo tempo que oferece respostas, questiona e causa até um certo desconforto em outros profissionais focados em projetos autorais e exclusivos. Foi o que mostrou sua entrevista no The New York Times:

“Os arquitetos gostam de construir coisas únicas. Mas se algo é único, não pode ser repetido; portanto, em termos de sua utilidade para ajudar muitas pessoas em muitos lugares, seu valor é quase zero”. 

Para o chileno, em nome da liberdade artística, muitos profissionais se perdem e se tornam irrelevantes. 

Esse discurso joga uma luz e coloca uma lente no momento atual, que traz um crescimento urbano sem precedentes e que exige uma postura mais consciente daqueles que trabalham com projetos e planejamento urbano. 

Essas palavras fortes e reflexivas traduzem um pouco a arquitetura contemporânea atual e, ao mesmo tempo, promovem um novo olhar para o futuro das obras e das construções.

Não é à toa que o arquiteto Alejandro Aravena é hoje um dos principais representantes latino-americanos de seu segmento.

Curioso em conhecer a biografia e as obras de Alejandro Aravena? Basta seguir com sua leitura!

Biografia de Alejandro Aravena: entre fatos e conquistas 

Nascido no Chile, mais precisamente em Santiago, em 1967, Alejandro Aravena se forma em 1992 aos 25 anos em arquitetura na Universidade Católica do Chile. 

Em seguida, parte para Itália, onde estuda Teoria e História da Arte e, pouco tempo depois, abre seu escritório. 

No começo dos anos 2000, é convidado para lecionar na Universidade de Harvard, e nesse período, acontece o despertar do chileno para a necessidade de criação de habitações sociais, como mostram suas palavras em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo

“Foi por um sentido de vergonha própria. Eu havia sido convidado para dar aulas na Universidade de Harvard e estava numa mesa com o ministro chileno de Habitações, um engenheiro e um advogado. Todos começaram a falar de habitação social e eu não tinha nada para dizer”.

Esse foi o gatilho que faltava para que o arquiteto, junto com o  engenheiro Andreas Iacobelli, criasse o Elemental, um projeto focado no interesse público e no impacto social que visava oferecer dignidade e melhorar a vida das pessoas. 

Para tanto, fugiu das ideias de projetos mais tradicionais que buscavam erguer construções repletas de pequenos apartamentos. Ele uniu a função e a simplicidade e também os desejos dos próprios habitantes, incluindo a comunidade no processo da construção. 

Esse projeto teve como base de sua filosofia projetar habitações para 100 famílias com fundos fornecidos pelo governo. Teve como resultado o desenvolvimento de “meia casa boa”, ou seja, moradias que traziam uma cozinha e um banheiro e uma escada, e  que apresentavam vãos para as famílias construírem quartos de acordo com suas necessidades. 

Esse projeto inclusivo eliminou questões mais básicas como pinturas nas paredes para dar aos menos favorecidos moradias de qualidade, levando o DNA da classe média para o conceito das habitações populares. 

O resultado disso foi aceitação quase unânime e os aplausos da sociedade chilena para um projeto inovador, vanguardista e funcional, que se expandiu de 100 moradias para cerca de 2.500 casas. 

O seu engajamento social e preocupação com questões econômicas chamaram a atenção da crítica e da comunidade de arquitetura. Tanto que ele foi convidado a ser jurado do Prêmio Pritzker, até receber a honraria em 2016. 

Segundo comunicado do comitê:

“Nos dias de hoje o papel do arquiteto é convocado a servir necessidades sociais e humanitárias, e Alejandro Aravena tem respondido a este desafio de forma clara, generosa e abrangente”.

Que visão incrível, não? 

Confira as biografias e obras de outros arquitetos que também conquistaram o Nobel da Arquitetura:

 

Principais obras de Alejandro Aravena 

Quinta Monroy – 2003

biografia de alejandro aravena

Crédito: Architect Magazine 

Torres Siamesas – 2003


Crédito: Architect Magazine 

Universidade St Edward – 2008

alejandro aravena obras

 

Crédito: ArchDaily 

Conjunto Habitacional Monterrey – 2010

alejandro aravena obras

Crédito: Viva Decora 

Centro de Inovação UC – 2014

alejandro aravena obras

Crédito: ArchDaily 

Se você, assim como nós, acha que o conceito e as obras do arquiteto Alejandro Aravena merecem aplausos, que tal compartilhar esse artigo em suas redes sociais como ação simbólica?

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