arquitetura românica

O que é arquitetura românica? Como ela surgiu e quais são suas características? 

A arquitetura românica pode ser definida como um estilo medieval que surgiu com o objetivo de resistir a ataques de povos inimigos e das invasões bárbaras. Logo, tanto sua estética como sua estrutura refletem força e robustez. 

Fortemente inspirada na arquitetura da Roma Antiga, esse gênero não apresenta uma data certa de início. Para alguns estudiosos, os seus primeiros indícios datam do século VI. Porém, para a maioria dos especialistas, ela começou, de fato, no século X, na Europa, mais precisamente na região da Normandia. 

Assim, ela foi abraçada por várias regiões do velho continente. No entanto, apesar das similaridades entre elas, cada uma trouxe sua própria história às construções. 

Muitos castelos medievais apresentam características da arquitetura românica. Porém, podemos dizer que as obras que mais protagonizaram esse estilo foram as igrejas. 

Para entender melhor o que é arquitetura românica, saber quais os principais   elementos da arquitetura românica e tudo sobre esse gênero, basta ler este post até o fim. 

O que é arquitetura românica: história e proposta

A arquitetura românica foi o primeiro estilo distinto a se espalhar pela Europa desde o Império Romano. 

Esse gênero arquitetônico teve origem no Império Carolíngio, que foi responsável tanto pela constituição da sociedade feudal como também pela expansão do cristianismo pela Europa. 

Nesse período, o rei precisava defender suas fronteiras e, para isso, distribuía terras entre soldados e oficiais de acordo com o grau de lealdade. Assim, várias regiões se tornaram independentes e deram brechas para invasões e guerras. 

Com o objetivo de proteger essas terras, a ideia de que as construções fossem maciças e fortes o suficiente foi valorizada. Logo, o estilo românico nasceu e se fortificou com base nessa proposta. 

Nesse sistema, o rei e a nobreza faziam alianças constantes para se manter no poder. Porém, outra esfera dessa pirâmide também exerceu um papel de domínio: o clero. 

De um lado, a nobreza enaltecia as virtudes e as habilidades guerreiras de seus membros. De outro, os bispos, monges e padres tinham como função preservar a paz e transmitir tranquilidade para a sociedade. Logo, não é de espantar que as igrejas sejam os grandes símbolos e exemplos desse estilo. 

Nessa época, a peregrinação também era uma constante. Desse modo, o clero, com o objetivo de propagar a fé e conquistar mais adeptos, se focou na necessidade de construir templos grandes que simbolizassem o poder de Deus e que, ao mesmo tempo, fossem grandes o suficiente para receber multidões. 

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Qual o formato das igrejas românicas?

O formato das igrejas românicas segue o padrão basilical que traz em suas plantas a cruz latina e, em menor escala, a cruz grega. Apresenta o uso constante de pedras para a construção de suas abóbadas. O interior dessa arquitetura românica é escuro, uma vez que não conta com muitas janelas

Além disso, as igrejas românicas trazem arcos circulares e semicirculares, paredes e pilares maciços e grandes torres.  

Quais as principais características da arquitetura românica? 

As principais características da arquitetura românica são: 

  • a pedra como material predominante;
  • torres quadradas, com a central sendo a mais alta;
  • pilares e arcos ornamentados e detalhados;
  • harmonia e simetria das formas;
  • construções que combinavam funcionalidade com luxo;
  • paredes sólidas e resistentes;
  • portas estreitas e janelas pequenas;
  • uso de abóbadas para substituir os telhados frágeis de madeira;
  • alternância de pilares e colunas na decoração;
  • interior escuro e luxuoso.

Quais as diferenças entre a arquitetura gótica e a românica? 

As diferenças entre a arquitetura gótica e a românica são:

  • a gótica traz arcos pontiagudos, enquanto os elementos da arquitetura românica de destaque são os arcos circulares;
  • o interior da arquitetura românica é escuro, já o da gótica é arejado e iluminado;
  • a gótica não apresenta muitas estruturas de suporte, enquanto a românica tem grandes pilares em seu interior;
  • a gótica conta com muitas gárgulas, o que não acontece com a românica. 

Aproveite e confira: Arquitetura gótica: entre vitrais, abóbadas e gárgulas

5 exemplos de arquitetura românica 

Catedral de Santiago de Compostela (Espanha): que conta com abóbadas do estilo e também com arcos, paredes robustas e poucas janelas.

Crédito: Wikipédia 

Abadia de Saint-Germain-des-Prés (França): que traz diversas colunas com cerca de 20 m de altura.

elementos da arquitetura românica

Crédito: Wikipédia 

Catedral de Pisa (Itália): que apresenta interior escuro, pé direito alto e paredes de pedra.

o que é arquitetura românica

Crédito: Wikipédia 

Catedral de Durham (Inglaterra): famosa pelas abóbadas cruzadas e por suas colunas monumentais. 

arquitetura românica

Crédito: Wikipédia 

Sé do Porto (Portugal): que traz uma fachada com torres e uma abóbada sustentada por arcos.

arquitetura românica

Crédito: Wikipédia 

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