Victor Vasarely: conheça a biografia e as maiores obras do Pai da Op Art

Considerado “o Pai da Op Art” e um dos fundadores da arte cinética, Victor Vasarely foi um pintor húngaro que marcou a história da arte. Compondo obras emblemáticas com foco na percepção do olhar do observador, Vasarely é estudado, admirado e discutido até hoje. 

Não sabe quem foi Victor Vasarely? Continue lendo e acompanhe a linha do tempo com a biografia do pintor, sua importância no mundo das artes e suas maiores obras. 

Victor Vasarely: biografia

Entender o contexto e a história de vida de um artista faz toda a diferença para compreender suas aspirações e seu desenvolvimento. Por isso, contaremos para você um pouco de sua biografia.

Nascido em Pécs, na Hungria, no ano de 1908, Victor Vasarely se muda para a França em 1930. Nessa época, o amor pela pintura e escultura já o domina, mas realmente ganha força após sua tentativa frustrada de estudar medicina em Budapeste, em 1925.

Logo, a arte fala mais alto e ele desiste de sua carreira como médico. Assim, matricula-se na Academia Podolini-Volkmann. Em seguida, transfere-se para a Academia Muhely, também conhecida como Budapest Bauhaus, onde estuda com Alexander Bortnyik. Lá, o artista se familiariza com a pesquisa sobre a relação das cores com a ilusão de ótica, de Johannes Itten, Josef Albers e dos construtivistas Kazimir Malevich e Wassily Kandinsky.

Em seguida, norteado pelos princípios de Bauhaus, o trabalho de Victor Vasarely segue a linha de representações geométricas cheias de formas, abstratas e com movimento. Com ele, Vasarely prioriza o conceito de que o movimento não depende nem da obra nem do tema, mas sim da apreensão do ato de olhar, que é considerado o seu único criador.

Logo, após sua primeira exposição em Budapeste, em 1930, o artista se muda para Paris. Lá vive e então se dedica aos estudos gráficos.

O seu fascínio por padrões lineares é tão grande que o leva a desenhar temas figurativos abstratos ao longo da década de 1940. Assim, cria damas, arlequins, tigres e zebras, a maioria feita em preto e branco. É claro que essas peças não são produzidas ao acaso, mas sim pela influência de suas experiências em Belle-Île, na Bretanha, onde conclui que a geometria pode ser visualizada por todos, assim como a forma e a cor são inseparáveis.

“Toda forma é uma base para a cor, toda cor é o atributo de uma forma.”

Na década seguinte, Vasarely se dedica à escrita de manifestos sobre fenômenos ópticos. No mesmo período, exibe seus trabalhos em lugares variados, como na Galerie Denise René. Girando em torno das experiências de Vasarely com o movimento e a ilusão de ótica, a galeria organiza sua primeira exposição importante de arte cinética. Logo, suas gravuras e escritos influenciam os jovens artistas da época e assim segue até os dias de hoje.

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Victor Vasarely: maiores obras

Depois de uma fase de criações em preto e branco, Victor Vasarely cria peças com cores, o que dá às suas pinturas o dinamismo desejado. Assim, as obras do artista ficam caracterizadas pela abstração, geometria e pelo fato de terem várias cores, muitas dimensões e por serem totalmente ligadas às ciências.

 De forma resumida, as características do estilo artístico de Vasarely são:

• uso de técnicas de design gráfico;
• ilusão de profundidade;
• forma e cor sem separação;
• cores e geometria que dão a ilusão do movimento;
• peças monocromáticas e outras repletas de cores.

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Maiores pinturas de Victor Vasarely 

• O tabuleiro de xadrez (1935);
• Arlequim (1936);
• Zebra (1937): sem dúvida uma de suas peças em preto e branco mais emblemáticas;

Crédito: WikiArt

• Tigres (1938);
• Alfabeto VR (1960);

Crédito: WikiArt

• Folclore (1963);
• Banya (1964);
• Quasar Dia (1966);
• Vega 200 (1968): criada em 3D com base em esferas e com cores em contraste;

Crédito: Op-art.co.uk

• Vega-Nor (1969);
• Orion Gris (1969);
• Sonora Do (1973); 

 Crédito: WikiArt

• Vonal Stri (1975);
• Tekers-MC (1981).

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Crédito: Laart. Foto de Joca Meirelles

A vida de Victor Vasarely foi marcada por muito estudo e experimentações. Suas obras incríveis refletem apenas a genialidade de um artista precursor de movimentos e ganhador de vários prêmios. Sua importância é tanta que a sua morte em 1997 não a apaga, muito menos o seu legado, que continuará inspirando e guiando artistas das mais diversas gerações.

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