Claudio Tozzi: biografia e obras do pop artista brasileiro
Se quando falam em Pop Art você já logo pensa em Andy Warhol, vamos atualizar suas referências sobre os artistas desse movimento mundial apresentando o brasileiro Claudio Tozzi e sua trajetória na arte nacional.
Vamos mostrar um pouco da biografia, as obras e as influências que inspiraram Claudio Tozzi nas suas produções.
Claudio Tozzi: biografia
Tozzi é pintor e também mestre em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP).
No início da sua carreira na década de 60, atuava como artista plástico e venceu o concurso de cartazes para o 11º Salão Paulista de Arte Moderna de 1962.
Durante o período de sua graduação em arquitetura, produziu inúmeras obras utilizando novas técnicas em seus trabalhos, como a serigrafia.
Com influência marcante da Pop Art abordava temas políticos, urbanos, símbolos da sociedade de consumo e da cultura de massa. Entre os elementos retratados podemos encontrar:
- sinais de trânsito;
- bandeiras;
- letreiros;
- peças publicitárias;
- histórias em quadrinhos etc.
Claudio Tozzi os retira de seu contexto usual e atribui-lhes novos sentidos em seus quadros.
As influências mais marcantes para seu estilo criativo foram Sérgio Ferro (1938), Flávio Império (1935-1985) e Maurício Nogueira Lima (1930-1999).
Esses artistas traziam para a tela a união entre a linguagem dos cartazes soviéticos, as vertentes construtivas e o vocabulário pop com finalidade política.
Obras como Usa e Abusa (1966) e Paz (1963) são característicos dessa época.
Com sua viagem para a Europa em 1969, as obras de Claudio Tozzi ganharam novos contornos.
Tozzi revelou sua maior atenção pela elaboração formal e perdeu o caráter panfletário/político que o caracterizava.
Durante a década de 1970, trabalhou em pesquisas cromáticas e nos anos 80, os temas figurativos, a tendência à geometrização das formas assim como textura, volumetria e efeitos luminosos e cromáticos marcaram suas principais obras.
Principais obras de Claudio Tozzi
Apropriando da ideia de sequência das histórias em quadrinhos e sob a influência do artista norte-americano Roy Lichtenstein (1923-1997), Claudio Tozzi trabalhou o sentido crítico em telas como Até que Enfim (1967) e Bandido da Luz Vermelha (1967).
Outras obras que uniram a crítica à política – característica marcante da Pop Art no Brasil foram Guevara Vivo ou Morto (1967) e A Prisão (1968).
A virada de estilo na década de 70 muda da crítica social para o estudo de formas, com destaque para a disposição gráfica e impessoal das figuras. Desse trabalho, são criadas as séries Astronautas (1969), Presilhas (1971) e Parafusos (1971).
Obra acima foi editada em 2018, baseada no trabalho do artista do fim dos anos 60 e começo dos 70, para participar de exposição comemorativa da carreira de Tozzi.
Outra das principais obras de Claudio Tozzi é o painel Zebra (1972), na praça da República, em São Paulo.
As obras Dissociação das Cores (1974) e Colors (1975) marcam alguns trabalhos feitos de maneira mais conceitual.
Outro mural famoso de Claudio Tozzi foi criado no metrô da estação da Sé, em São Paulo, em 1979. E marca o início da série ‘Colcha de Retalhos’, feitas com padrões diferentes de cor.
Continuando seu trabalho com as formas, nos anos 80, 90 e 2000, as abstrações geométricas continuaram marcando a maioria das suas obras.
Em 1991 seus trabalhos integraram a 21ª Bienal Internacional de São Paulo. E em 1993, expôs individualmente no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).
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*Foto de capa: Cecília Bastos/USP Imagens.
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