Cubismo no Brasil: características e principais artistas nacionais
Impossível falar sobre o cubismo no Brasil sem relacionar essa corrente com a Semana de Arte Moderna de 1922. Entre os artistas brasileiros mais conhecidos que utilizaram o cubismo em suas peças, Tarsila do Amaral, Emiliano Di Cavalcanti e Anita Malfatti ganham posição de destaque.
Quer saber mais sobre o cubismo no Brasil, entender melhor o movimento, o contexto histórico do cubismo e conhecer algumas obras? Então, continue lendo!
O que é cubismo?
O cubismo foi uma corrente de vanguarda que nasceu na França, no começo do século XX, com o objetivo de romper com a perfeição das formas, uma característica frequentemente presente em outros estilos, como o renascentista.
Considerado um movimento revolucionário, o cubismo englobou não só as artes plásticas, mas também a literatura e na poesia. Marcado por uma estética única e singular, bastante conhecida por suas formas geométricas, o movimento cubista teve como precursores Pablo Picasso e Georges Braque, sendo que a obra do primeiro “As damas de Avignon” marcou o início dessa corrente, em 1907.
Nessa peça, o artista mostrou a sua ousadia ao retratar figuras femininas sem curvas, mas com linhas retas e elementos geométricos.
Crédito: Wikipédia
Continue lendo para saber como aconteceu o cubismo no Brasil!
O que inspirou o estilo cubista?
O estilo cubista teve como inspiração inicial o trabalho de Paul Cézanne, um artista ousado que acreditava que a arte deveria transformar a natureza, não retratá-la.
Assim, as pinturas de Paul Cézanne influenciaram uma série de trabalhos posteriores. No entanto, os artistas cubistas extrapolaram o universo de sua fonte de inspiração, uma vez que incluíram em suas obras elementos distribuídos de forma desigual sem compromisso com a veracidade das imagens.
As palavras de Pablo Picasso retratam bem o movimento:
Se você gosta de conhecer a história de diferentes movimentos artísticos, não deixe de ler este artigo sobre arte surrealista!
Características do cubismo
Entres as principais características do cubismo, as que se destacam são:
- o desapego à realidade;
- a utilização de formas geométricas;
- a promoção da fragmentação;
- o rompimento com a perspectiva;
- o caráter experimental.
Vale destacar que o movimento cubista contou com duas fases distintas. Foram elas:
- o cubismo analítico (1908 a 1912): caracterizado pela fragmentação dos elementos e pelo entrelaçamento de linhas e planos. Nessa fase, as figuras se tornavam irreconhecíveis e as cores dominantes eram o cinza, o preto e os tons de ocre;
- o cubismo sintético (1912 a 1914): com formas mais simples e cores mais vivas, essa fase surgiu como uma resposta à excessiva fragmentação do cubismo analítico. Logo, os trabalhos desse estilo apresentavam figuras que podiam ser reconhecidas mais facilmente. Essa fase também ficou conhecida por utilizar técnicas de colagem.
Leia também: “Pintores mais famosos do mundo: quem são e quais são seus quadros mais conhecidos?”
Cubismo no Brasil
São Paulo (1924), de Tarsila do Amaral. Crédito: Picturing the Americas
O começo do século XX foi marcado pela disputa entre o conservadorismo e as tendências modernistas. Nesse cenário, o cubismo no Brasil ganhou espaço após a Semana de Arte Moderna de 1922. No entanto, vale destacar que não há produções artísticas nacionais que apresentem características exclusivas desse estilo.
Assim, o cubismo no Brasil ficou caracterizado por obras que mesclavam aspectos desse movimento combinados com outros de diferentes expressões artísticas.
Cubismo no Brasil: principais artistas
Entre os artistas mais conhecidos do cubismo no Brasil, podemos citar:
- Tarsila do Amaral;
- Anita Malfatti;
- Vicente do Rego Monteiro e
- Emiliano Di Cavalcanti.
O Grande Carnaval (1953), de Emiliano Di Cavalcanti. Crédito: Obvious
As influências que compuseram o cubismo no Brasil estão totalmente ligadas à Semana de Arte Moderna. Afinal, ela foi um marco na história da arte moderna brasileira. Vanguardista e ousado, esse evento chocou a sociedade conservadora da época. Desse modo, representou um novo olhar sobre a arte e, assim, introduziu tendências experimentais derivadas do expressionismo europeu, do cubismo e do surrealismo.
Além de promover o novo e o experimento, a Semana de Arte Moderna utilizou o folclore nacional como um modo de expressar a arte e conscientizar, de maneira relevante, a realidade brasileira.
O que você achou deste artigo? Já sabia que o cubismo no Brasil havia acontecido de modo combinado com a Semana de Arte Moderna? Compartilhe a sua opinião, ela é muito importante e valorizada pela Laart! Aliás, você conhece a proposta da Laart? Não? Então, preste atenção!
A Laart é uma galeria de arte virtual criada por Luis Felipe e Manoel, dois paulistanos apaixonados por arte e que têm a gravura em seus DNAs. Não é à toa! Afinal, Luis Felipe é filho de Pedro Paulo Mendes, o maior editor de gravuras do Brasil.
Os dois idealizadores da Laart construíram carreiras em diferentes mercados. Porém, o amor pela arte falou mais alto e, assim, eles decidiram dar asas a seus sonhos e trabalhar nessa área fascinante.
Logo, com a proposta de promover artistas latino-americanos e facilitar o acesso a obras incríveis, nasceu a Laart. O acervo da galeria conta com mais de 15.000 gravuras. Detalhes importantes: todas são originais, assinadas e numeradas!
Que tal conhecer mais sobre esse universo apaixonante? Clique aqui e tenha acesso às mais diferentes gravuras, dos mais variados estilos e artistas!
There are no comments