arata isozaki

Arata Isozaki: obras e biografia do imperador da arquitetura japonesa

Além de profundo conhecimento sobre a teoria e diferentes técnicas arquitetônicas, Arata Isozaki desafiou o status quo e todo tipo de convenção ao se recusar a estabelecer uma marca em seus projetos. 

Com um olhar voltado para a vanguarda e muito atento a detalhes, criou mais de 100 obras ao longo das seis décadas de sua carreira, cada uma com um estilo único.  

Conhecido como “imperador da arquitetura japonesa”, suas peças parecem desafiar as leis da física e chamam a atenção por seus formatos ousados e provocativos.

Considerando todo o brilhantismo e visão do japonês, fica até difícil entender por que ele tenha recebido o Prêmio Pritzker, o “Oscar da Arquitetura”, só em 2019. 

Para conhecer a biografia, as obras e os croquis do vencedor do Pritzker, Arata Isozaki, basta seguir sua leitura!

Biografia de Arata Isozaki: como tudo começou

Nascido em 1931, em Õita, ilha de Kyushu (Japão), em uma família de classe alta, Arata Isozaki testemunha, em primeira mão, aos apenas 14 anos, a devastação causada pelo bombardeio de Hiroshima e Nagasaki.

Essa tragédia inspira o adolescente a pensar em formas de reconstruir essas cidades. O vazio das ruínas atua como uma bússola para o seu trabalho futuro uma vez que, com o pensamento voltado para a reinvenção, ele cresce com a ideia de criar edifícios transitórios. 

Assim sendo, decide estudar arquitetura na Universidade de Tóquio. Lá se gradua em 1954, aos 23 anos. 

Nesta fase, conhece Tange Kenzō, um dos maiores influenciadores de sua carreira e um dos mais famosos e reverenciados arquitetos japoneses do século XX. 

Ganha projeção como urbanista em 1962, quando elabora uma de suas mais interessantes propostas: uma cidade do futuro. 

Chamado de City in The Air, o projeto apresenta uma série de cápsulas suspensas sobre estruturas ovais. Por meio dele, o arquiteto conta um pouco sobre sua história, uma vez que o concreto das torres simboliza as crateras deixadas pelas bombas. 

arata isozaki croquis

Crédito: ArchDaily 

O auge da carreira do ganhador do Pritzker: Arata Isozaki

Em 1963, abre seu próprio escritório. Logo, ganha destaque e reconhecimento, atraindo olhares para a Biblioteca da Prefeitura de Ōita, um edifício de concreto armado que traz fortes características da arquitetura brutalista, ou seja, apresenta um aspecto inacabado e valoriza o utilitarismo, não a estética. 

A partir dessa fase, começa a experimentar novos modos de construir e projetar. Suas ideias, que, até então, se apresentavam totalmente fundamentadas na arquitetura moderna devido ao uso racional de materiais, como o concreto, e pela recusa da ornamentação e valorização da tecnologia, ganham um novo olhar. 

Isto é, nas décadas de 1970 e, principalmente na de 1980, se aproxima mais do estilo pós-modernista, incorporando à sua narrativa ideias mais abstratas e contextualistas. 

Nesta época, também começa a negar, com bom humor, todo e qualquer tipo de categorização de suas obras. 

No vídeo, a seguir, ele fala um pouco sobre isso (não se esqueça de colocar as legendas em português):

Ao mesmo tempo, a inventividade, a criatividade e a diversão passam a ganhar destaque. Uma prova disso é o seu projeto Fujimi Country Club, de 1973, que apresenta um ponto de interrogação, um modo peculiar do arquiteto de criticar a obsessão nacional pelo golfe. 

Desse ponto em diante, o estilo original passa a chamar mais atenção. Na década de 1980, é o seu projeto de Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles que atrai olhares devido ao seu layout totalmente diferente. 

Nos anos 1990, cria projetos icônicos, como a Art Tower Mito. Inaugurado no começo dessa década, esse complexo artístico enorme, de mais de 100 metros de altura,  apresenta um aspecto repleto de drama, vivacidade e originalidade. 

Outro projeto de destaque do período é o Nara Centennial Hall, em que a abstração impacta e conversa com a estética da obra. 

arata isozaki croquis

Crédito: MOMA 

Já a Art Tower de Milão impressiona pela riqueza de detalhes. Sua série de formas arredondadas cria uma sensação de vibração ao edifício, o qual também emociona pela beleza extravagante. 

Arata Isozaki foi o primeiro arquiteto japonês a levar seu olhar para fora do seu país. Ao longo de sua extensa e brilhante carreira, elaborou projetos em vários países ao redor do globo. 

As características marcantes de seu trabalho fizeram com que o júri do Pritzker aplaudisse de pé sua trajetória. Para enaltecer sua carreira, concedeu a ele, em 2019, o Prêmio Pritzker, que é tão importante que é conhecido como “Nobel da Arquietura”. 

Arata Isozaki: 5 obras principais 

Biblioteca da Prefeitura de Ōita

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Crédito: Pinterest 

Fujimi Country Club

arata isozaki pritzker

Crédito: Pinterest 

Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles

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Crédito: Art Forum 

 Art Tower Mito

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Crédito: Ae World 

Nara Centennial Hall

arata isozaki nara centennial hall

Crédito: Back Number

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