5 cartunistas brasileiros que fizeram (e ainda fazem) história com suas obras
Usar um desenho, uma história em quadrinhos, ou simplesmente fazer uma caricatura de um personagem fictício ou real e contar uma história por meio de algo aparentemente tão simples, é talvez, uma das formas de expressão mais requintadas e delicadas existentes. É por isso que conhecer os maiores cartunistas brasileiros é também conhecer um pouco da história do próprio país.
Humor, política, esportes, celebridades, questões sociais e o dia a dia popular são representadas em desenhos de 1 quadro, tirinhas com 3 ou 4 imagens ou mesmo em encadernados e revistas com histórias completas.
A seguir, apresentamos cartunistas brasileiros que mudaram e marcaram a área no país. Todos os listados abaixo continuam produzindo até os dias de hoje, alguns da nova geração e outros imortais.
5 cartunistas brasileiros que fazem história
1. Laerte Coutinho
Laerte Coutinho (1951) é sem dúvida uma das cartunistas e chargistas mais conhecidas do Brasil.
Já tendo realizado diversas obras em canais de comunicação variados, desde 2014 publica charges no jornal Folha de S. Paulo.
Nos anos 80, Laerte publicou charges em revistas e jornais como:
- Geraldão;
- Chiclete com Banana;
- o Pasquim;
- a Balão;
- o Estado de São Paulo;
- Istoé;
- Veja.
Foi editor da revista Piratas do Tietê e em 1985, lançou sua primeira coletânea de charges: “O Tamanho da Coisa”.
Em 2009, Laerte participou do álbum em homenagem aos 50 anos de carreira de Mauricio de Sousa.
Confira a entrevista dada ao programa Gabi Quase Proibida:
2. Arnaldo Angeli Filho
Arnaldo Angeli Filho (1956), é uma dos cartunistas brasileiros mais importantes para a história do segmento no Brasil, principalmente por ter encabeçado o projeto da revista “Chiclete com Banana”, até hoje considerada como uma das mais importantes publicações de quadrinhos adultos de nosso país.
A carreira de Angeli, entretanto, começou muito antes da importante revista. O chargista e cartunista iniciou seus trabalhos em veículos de comunicação precocemente, aos 14 anos, quando ingressou na revista Senhor. Já em 1973, aos 17 anos, foi contratado pelo jornal Folha de S. Paulo.
De 1997 a 2012, foi eleito ininterruptamente o melhor chargista brasileiro no festival de quadrinhos, na categoria premiação HQ Mix. Em 2013 o prêmio mudaria de nome para “melhor desenhista de humor gráfico”, mas manteria seu vencedor.
Após 17 anos de premiação, em 2014, foi homenageado na categoria “ Grande Mestre”.
Como não poderia ser diferente, Angeli ainda integra a lista de melhores cartunistas brasileiros, por sua história e trabalhos atuais.
Em 2015, a Folha de S. Paulo realizou mais uma homenagem ao artista, por seus 40 anos de jornal. Assista abaixo o documentário produzido sobre um dos mais relevantes cartunista e chargistas brasileiros de todos os tempos.
3. Maurício de Sousa
Talvez o maior de todos os cartunistas brasileiros em termos de abrangência e alcance de público, Maurício de Sousa é conhecido por seu talento e pelos personagens inesquecíveis da Turma da Mônica.
Antes de se tornar cartunista e desenhista profissional, trabalhou como repórter policial por 5 anos, no jornal Folha da Manhã, que posteriormente aceitaria que o artista começasse a produzir e publicar histórias em quadrinhos em suas páginas. Isso aconteceu em 1959, quando criou seu primeiro personagem famoso, o até hoje conhecido, Bidu.
Foi um dos líderes da criação da Folhinha de S. Paulo, em 1963, mesmo ano em que a personagem Mônica seria criada. Em 1987, passou a ilustrar o suplemento infantil do jornal O Estado de S. Paulo, o Estadinho.
Com fama internacional, Maurício de Sousa ainda figura entre os melhores cartunistas do Brasil, com adaptações de suas histórias em quadrinho para o cinema, televisão e até vídeo-games.
Para conhecer um pouco mais sobre a história desse importante cartunista brasileiro, indicamos que assista ao vídeo abaixo. Uma entrevista divertida entre Maurício de Sousa, Mônica, Magali e Fábio Porchat.
Até hoje a produção das histórias da Turma da Mônica é intensa. Um clássico que se mantém atual, como podemos visualizar na tirinha abaixo.
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4. Chico Caruso
Desde 1984 cartunista do jornal O Globo, Chico Caruso (1949) iniciou a publicação de suas charges no final da década de 60, na Folha da Tarde.
Antes de integrar o time O Globo, Caruso foi cartunista de periódicos como:
- Opinião;
- Movimento;
- Gazeta Mercantil;
- ISTOÉ;
- Veja;
- Jornal do Brasil.
Arquiteto por formação, desde 1968 aborda, em suas charges, temas como futebol, crônicas e política. Entretanto, após o Ato Institucional número 5, durante a ditadura militar, Caruso deu uma pausa em suas publicações políticas, tema que só voltou a abordar em 1972, na revista Balão.
Em 1980, o cartunista brasileiro lançou os livros Natureza Morta e Outros Desenhos e Pablo Mon Amour, uma biografia em caricaturas do pintor Pablo Picasso. Ainda na década de 80 escreveu a peça O Amigo da Onça, que foi dirigida por Paulo Betti.
Até hoje, Chico Caruso figura entre os cartunistas brasileiros de maior destaque, integrando a equipe de um dos maiores jornais do Brasil.
5. Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto (1932), assim como Maurício de Sousa, dispensa apresentações e explicações sobre a razão de figurar entre os maiores cartunistas brasileiros. O artista já se destacava como desenhista aos 6 anos, quando publicou um desenho no jornal Folha de Minas.
Sua obra com maior alcance foi o livro “Menino Maluquinho”, lançado em 1980. Anos depois a obra ganharia espaço para produções televisivas e para cinema.
É um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil.
Graduado em Direito pelo UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), nunca exerceu a profissão, começando a trabalhar no jornal Folha da Manhã em 1954, como colunista. Entretanto, foi na revista O Cruzeiro, onde começou a trabalhando em 1957, que estabeleceu seu trabalho. Já em 1963 se tornou funcionário do Jornal do Brasil. Muito antes do Menino Maluquinho, criou personagens icônicos como Jeremias, o Bom; a Supermãe e o Mirinho.
Sua primeira revista em quadrinhos foi lançada em 1960 com o nome Turma do Pererê, que também foi a primeira história em quadrinhos a cores totalmente produzida no Brasil. A revista, entretanto, foi cancelada, mesmo com todo sucesso alcançado, em 1964, com início do regime militar no Brasil. Nos anos 70, a Editora Abril relançou a revista.
Também em 1960 recebeu o prêmio Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o prêmio Merghantealler, principal premiação da imprensa livre da América Latina.
Foi fundador e posteriormente diretor do famoso jornal O Pasquim, periódico criado em oposição ao regime militar. Sua posição contrária ao regime ditatorial causou uma prisão após decreto do AI-5.
Diante de uma história tão trágica, indicamos a seguir, um vídeo que conta mais sobre Ziraldo e a obra de um dos melhores cartunistas do brasil.
Além dos cartunistas brasileiros, existem profissionais incríveis em todo mundo, levantando, de maneira singular, debates sobre os temas mais atuais e relevantes da sociedade – ou simplesmente fazendo a gente rir! Para conhecê-los, leia o artigo; “Top 9 cartunistas famosos e seus quadrinhos memoráveis”.
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