Grafiteiras brasileiras: 4 [incríveis] mulheres e suas obras nas ruas do mundo

Em pleno século XXI você ainda acredita que a street art é um clube de meninos? Absolutamente essa não é uma verdade! Há muitos grafiteiros famosos e talentosos ao redor do mundo e entre eles, encontramos grandes grafiteiras brasileiras. 

De norte a sul e de leste a oeste, uma coisa que você possivelmente verá em todo o Brasil em quase todas as esquinas, são as marcas, desenhos, grafites e pinturas nas paredes.

No Brasil, a arte de rua e os grafiteiros brasileiros famosos no mundo inteiro, e também os recém chegados, estão cada vez mais em destaque entre os críticos e intelectuais, que percebem o valor e importância social e artística de suas obras. 

Na verdade, a arte de rua é a rainha no país. Se o prefeito de São Paulo concorda ou não (uma vez ele tentou cobrir as obras de arte e grafites posicionados nas paredes da cidade), pouco importa. Essa explosão artística criativa e poderosa é impossível de ser parada.

A arte de rua é hoje um dos meios de expressão mais populares no Brasil. Assim como o caldeirão da população, os artistas se expressam em todas as paredes disponíveis. Todos os estilos são representados: 

• Figurativo;
• Abstrato;
• Hiper-Realismo;
• Surrealismo, e mais. 

Todas as técnicas são usadas, lata de spray, rolo de tinta, colagem e stencils.

Em um meio, até alguns anos atrás majoritariamente masculino, surgem as mulheres grafiteiras, com suas próprias narrativas, críticas e protestos. Suas lutas e olhar de mundo.

Falando em mundo, a cada dia os nomes das grafiteiras brasileiras estampam mais ruas do mundo todo. São centenas de mulheres envolvidas em suas próprias obras e em projetos colaborativos. 

A seguir, vamos apresentar 4 grafiteiras brasileiras que já consagraram seu nome entre os grandes do cenário internacional. 

4 grafiteiras brasileiras 

1. Panmela Castro (Anarkia Boladona) 

Panmela Castro é uma das mais proeminentes grafiteiras brasileiras. Sua devoção à arte de rua, no entanto, não depende apenas do vínculo com o gênero e o talento, que Castro obviamente tem e alimenta, mas também da liberdade que a disciplina oferece como ato político. 

Panmela Castro, mais conhecida sob o nome de Anarkia Boladona, usa o grafite como uma ferramenta para a transgressão civil. 

Como mulher grafiteira, na época em que começou a se envolver, ela estava sozinha, cercada de homens que agiam de certa forma, vestiam-se da mesma maneira e comportavam-se igualmente. 

Panmela Castro se comprometeu, através de sua arte, com o combate às altas taxas de violência do Brasil contra as mulheres.

Nascida no Rio de Janeiro, a grafiteira brasileira defende os temas e bandeiras do feminismo de maneira ativista, e usa suas habilidades para criar murais que abordam o problema da violência contra a mulher no país. Entre as vertentes do problema, a violência doméstica, a desigualdade de gênero e os maus tratos às mulheres, estão entre suas principais narrativas.

Crédito: Itaú Cultural 

2. Nina Pandolfo

Uma das primeiras grafiteiras brasileiras de São Paulo a se consagrar fora do Brasil, Nina Pandolfo tem uma maneira distinta de retratar as mulheres em seus trabalhos. Os traços delicados das figuras, com seus rostos quase angelicais, conquistaram fãs em lugares distantes como a Suécia, a Escócia e Los Angeles.

Nina Pandolfo é uma das pioneiras brasileiras na arte de rua. Ela é celebrada internacionalmente como uma das artistas contemporâneas mais empolgantes.

Crédito: Projeto Curadoria 

3. Mag Magrela

A Mag Magela pinta nas ruas das cidades brasileiras desde o início de 2007. Ela nasceu em São Paulo em 1985 e é uma das principais grafiteiras brasileiras. 

Representando o estilo do grafite brasileiro, a expressão artística da Mag ultrapassa as paredes, alcançando:

• telas;
• performances;
• escultura em argila;
• montagens;
• bordados;
• azulejos.

Seus trabalhos em estúdio são extensões das obras de rua do artista. 

Ela encontra inspiração na complexa expansão urbana e trabalha em torno de temas que retratam a mistura da cultura brasileira. A arte de Mag expressa a dor, o sofrimento, as dificuldades de viver em sociedade, os obstáculos da vida diária e os sentimentos profundos em nossas almas.

Seu trabalho foi mostrado em The Huffington Post, StreetArtNews e Street Art NYC, para citar alguns. Além disso, ela faz parte de um documentário de longa metragem, chamado “Street Heroines”, sobre mulheres grafiteiras.

Crédito: Jornal Mulier 

4. Sinha

Sinha é uma mulheres grafiteira que mora em São Paulo. Pintando murais em favelas brasileiras, com estilo muito original e criativo, muitas vezes retrata personagens femininos surreais.

Com grande portfólio de paredes baseado principalmente em seu estilo pessoal, onde representa uma figura púrpura surreal, usa esses elementos para expressar emoções misturadas. Entre os elementos que a encantam estão partes do corpo simbolizadas com olhos e seios, cabelos longos. 

Mesmo que haja uma sensação de tristeza, as criações de Sinha são magnificamente sedutoras e em geral muito bonitas! 

Beleza que supera a dor, elegância que supera a dor!

Crédito: PV Mulher 

As obras concebidas pelas grafiteiras brasileiras são verdadeiras peças de museus, embebidos de significados sociais. Além das ruas e dos museus de concreto, você também pode ter acesso rápido aos artistas e suas obras por meio de museus virtuais de todo mundo. 

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Crédito da foto de capa: Itaú Cultural