François Morellet (Cholet, França, 1926 – 2016). Desenvolveu uma experiência artística bastante pessoal, na qual ele mesmo aponta as principais etapas: 1952 – primeiros trabalhos sistemáticos com repartição uniforme; 1958 – sistemas aleatórios; 1962 – esferas -tramas; 1963 – neón com ritmos interferentes. De 1960 a 1968 participou dos trabalhos do Groupe de Recherche dArt Visuel (Grupo de Pesquisa de Arte Visual).
Realizou sua primeira exposição em Paris na Galeria Creuze, em 1950, participando de numerosas exposições na Galeira Denise René a partir de 1967. Expôs em diversos museus ingleses: Birminghan, Newscasttle, Edinburgh, Sheffield, Cardiff, Southampton, Oxford e Leicester. Obteve o Prêmio Internacional de Pintura na Bienal Internacional de São Paulo, em 1975. Morellet veio a primeira vez ao Brasil em 1950, retornando depois, em 1975 para a Bienal. Aqui, fez inúmeros amigos como os artistas Almir Mavignier, Geraldo de Barros, Ivan Serpa, Ruben Valentim, Abraham Palatnik, Maria Vieira e Lygia Clark.
Segundo o crítico de arte Thomas McEvilley, “Morellet é o primeiro a representar as tendências que chamaremos mais tarde de pós-modernas ou modernas tardias; e ele trabalhou neste sentido bem antes de as referidas tendências terem se revelado. Do mesmo modo, as influências que recebeu no início dos anos 1950 fizeram com que ele desse continuidade a uma sólida tradição modernista européia: aquela que remonta a Theo Van Doesburg e ao construtivismo russo, passando pela arte concreta de Max Bill, quando ele faz a ligação entre a abstração geométrica européia e a arte conceitual”.
Morellet faz buscas, em seu trabalho, a partir do número ð. “Num artigo apresentando as premissas de seus trabalhos recentes, “As caminhadas do ð”, ele evoca suas “ferramentas habituais, régua e transferidor”, invocando e parodiando as escolas antigas que foram amantes da geometria, dentre elas a de Platão”, escreve o crítico Thomas McEvilley. E continua: “Morellet realiza suas obras, diz ele, “apenas com a ajuda de (sua) régua e de (seu) fiel compasso”. Na origem de suas pesquisas a partir do número ð está seu “sonho de uma linha infinita, no caminho imprevisível que se autodefine”.
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