É a partir do grupo Seibi, formado por artistas em sua maioria de origem nipônica, que Tomie Ohtake começa suas primeiras explorações na pintura. O grupo já existia antes dela chegar ao Brasil, começou em 1935. Era uma reunião informal de pintores que já bebiam do modernismo nas artes, rompendo com o academicismo: não havia uma necessidade de retratar a realidade como ela era, mas sim criar, em cor e forma, em cima do que a realidade apresentava.
O modernismo do grupo, inclusive, os aproximou do grupo Santa Helena, de Volpi e Pennacchi. Mas com o advento da Segunda Guerra Mundial, e a proibição da agremiação de japoneses e alemães, o grupo se dissolveu. Voltaram só em 1947, com a participação de novos artistas como Manabu Mabe e Tomie Ohtake.
Essa fase inicial, marca sua fase figurativa, onde, mesmo sem a fidelidade com o real, Tomie criava imagens que remetem ao mundo ao seu redor. A artista explica uma influência da arte oriental em seu trabalho: “essa influência se verifica na procura da síntese: poucos elementos devem dizer muita coisa”.
Mas é nos anos 60, que Tomie dá o salto que define seu trabalho.
There are no comments