Max Bill (Winterthur, Suiça, 1908 – 1994) foi um designer gráfico, designer de produtos, arquiteto, pintor, escultor e professor de importante influência sobre artistas brasileiros de expressão geométrica, como a escultora Mary Vieira e o pintor Almir Mavignier, seus alunos na Europa. Estudou na Escola de Artes e Ofícios de Zurique (1924-1927) e na Bauhaus de Dessau (1927-1929), decidindo-se pela arquitetura (1929) após conhecer a obra de Le Corbusier. Formou-se em arquitetura (1930), permanecendo em Zurique, onde se engajou em uma variedade de ocupações, trabalhando como pintor, escultor e designer gráfico. Integrou o grupo Abstraction-Création, de Paris (1932-1936) e apoiou o termo Arte Concreta (1936) proposto por Theo Van Doesburg (1930). Viajou ao Brasil e à Argentina (1941), onde apresentou suas idéias e obras ao público dos dois países. Passou a lecionar na Technische Hochschule, em Zurique (1944) e tornou-se ativo desenhista industrial, voltando sua atenção particularmente para o design de produtos. Fundou um Instituto para Cultura Progressiva baseada em idéias similares (1947), exibiu sua obras em Sttutgart, junto com Joseph Albers e Jean Arp (1948) e, no ano seguinte, ele mostrou mais de 50 trabalhos em uma exposição organizada com Pevsner e Vantongerloo, em Zurique. Reitor e diretor do departamento de arquitetura e desenho industrial da Hochschule für Gestaltung de Ulm, escreveu Die Mathematische Denkweise in der Kunst unserer Zeit (1949), considerado seu principal livro. Morreu em Berlim, aos oitenta e cinco anos, e uma de suas esculturas mais representativas, Unidade tripartida, ganhou o grande prêmio de escultura na I Bienal de São Paulo (1951).