As artes surgem na prancheta, usando papel, tesoura, lápis, caneta, tinta. Uma ação natural, feita desde a infância. São composições de formas e cores. Fragmentos da paisagem. Existe sobreposição e história.

Pela sua formação em arquitetura, Marcella Riani sempre teve o anseio de levar os desenhos criados no papel em escala pequena para a escala urbana. Assim começou sua caminhada como muralista em 2012.

Desde então o seu trabalho se desenvolveu e foi tomando conta de diversas superfícies diferentes, explorou a estamparia e o movimento dos tecidos, as porcelanas e seu brilho, a transparecia do vidro.

Hoje Marcella divide sua vida entre São Paulo e Jericoacoara, entre a natureza e a cidade, vive as duas vidas intensamente, isso tem reflexo na sua arte.

“Hora homenageio a água e a natureza, hora a cidade e o cinza.

Tem vezes que elas conversam e outras que não se encostam.

São livres para apenas serem composições de formas e cores.”

Já fez parcerias com diferentes marcas como Arezzo, Shoulder, Alcaçus e YouTube, Cenografias em eventos como São Paulo Fashion Week e SESC. Tem suas obras em galerias de arte em São Paulo, Salvador e Fortaleza. Suas formas abstratas e descomprometidas com a realidade criam composições lúdicas proporcionando para o espectador uma experiência de liberdade de interpretação da obra.

“O desenho pode morar em infinitas superfícies, é um oceano de possibilidades.

Ganha formas e movimentos variados dependendo de sua função.

Ele pode estar em tecidos, paredes, telas porcelanas ou em qualquer outra superfície palpável.

É mutante, como uma pele se ajustando a um novo corpo.

Ele dança, corre, se movimenta ou fica estático, dependendo da sua aplicação.

Independente da superfície, ele continua sendo um desenho e o meu trabalho é desenhar”