Assemblagens poéticas e memória afetiva — um dos nomes mais singulares da arte brasileira do século XX
Nascido em Araguari (MG), em 26 de janeiro de 1926, Farnese de Andrade foi um artista plástico brasileiro conhecido por suas esculturas, gravuras e objetos que exploram temas como memória, religiosidade e afetos reprimidos. Faleceu no Rio de Janeiro, em 18 de julho de 1996.
Estudou desenho com Guignard entre 1945 e 1948, em Belo Horizonte. No Rio de Janeiro, onde se estabeleceu em 1948, trabalhou como ilustrador e frequentou o ateliê de gravura do MAM-RJ, aperfeiçoando-se em gravura em metal. A partir de 1964, passou a criar assemblages com materiais descartados, como ex-votos, oratórios e fotografias antigas, envolvendo-os em resina de poliéster.
Sua obra é marcada por uma estética barroca e simbólica, abordando temas como sexualidade, morte e religiosidade. Participou de exposições no Brasil e no exterior, incluindo o Salão Nacional de Arte Moderna, onde recebeu o prêmio de viagem ao exterior em 1970. Suas obras integram acervos de instituições como o MoMA (NY), o MAM-RJ e o MNBA.