Desde Isaac Newton, na virada do século XVII para o XVIII, experimentos científicos são realizados para entender a natureza da cor. A física, então, definiu os postulados que consideramos até hoje. Por exemplo, sabemos hoje que percebemos a cor a partir de uma luz refletida cujas ondas, na retina, são lidas como uma cor; ou que a luz branca é composta por diversas cores e podem ser fragmentadas, ao incidirem em um prisma, em um arco-íris; ou até mesmo que todas as cores podem ser alcançadas pela mistura de duas ou mais cores primárias.
Assim, o estudo das cores se desenvolveu até que no século XX, um acadêmico, cansado das técnicas tradicionais da pintura, uniu a ciência e a arte para se transformar num artista. Carlos Cruz-Diez nascido em 1923, na cidade de Caracas, propôs em sua obra novas reflexões sobre a cor, entendendo-a como um evento cromático que acontece no espaço e no tempo e que é revelada por nossos sentidos, sem que haja um sistema de símbolos e signos, ou noções de passado e futuro; era a partir da cor que ele criava um “presente contínuo”.
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